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A terceira pista da Imigrantes: Um desafio de R$ 6 Bilhões e quatro anos na Serra do Mar

 Acelerando o progresso ou aprofundando o abismo logístico?

Rodovia dos Imigrantes: a promessa de uma terceira pista para desafogar o tráfego do Porto de Santos esbarra em desafios logísticos, ambientais e financeiros.

A tão aguardada terceira pista da Rodovia dos Imigrantes, promessa de alívio para o congestionado tráfego de cargas do Porto de Santos, finalmente teve seu custo e prazo estimados: R$ 6 bilhões e quatro anos de obras, respectivamente. No entanto, a euforia inicial logo dá lugar a questionamentos sobre a viabilidade e os impactos dessa empreitada faraônica.

O secretário de Estado de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, apresentou as cifras durante o lançamento da frente parlamentar dedicada ao tema. A promessa é sedutora: uma pista com geometria favorável para caminhões, aumentando a velocidade de descida e a fluidez do tráfego. Mas será que a realidade corresponderá às expectativas?

O projeto, sob responsabilidade da Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), ainda está em fase de estudos e licenciamento ambiental. A previsão de conclusão é 2026, com possível prorrogação por mais um ano. Até lá, o fantasma dos atrasos e imprevistos paira sobre a obra.

O investimento de R$ 60 milhões nos estudos e projeto executivo é um ônus assumido pela Ecorodovias em troca de um reequilíbrio no contrato de concessão com o Estado. Uma negociação que levanta questões sobre a transparência e os interesses envolvidos nessa parceria público-privada.

A construção da terceira pista é justificada pela necessidade de balancear a transposição da Serra do Mar, um obstáculo natural que impõe desafios logísticos e ambientais. No entanto, a obra também levanta preocupações sobre seus impactos na fauna e flora da região, além dos transtornos causados aos moradores e usuários da rodovia durante o período de obras.

A promessa de uma pista reversível, que atenderia tanto ao tráfego de cargas quanto ao fluxo de veículos de passeio, é outro ponto que gera controvérsias. Afinal, como garantir a segurança e a eficiência de um sistema que alterna o sentido do tráfego?

A frente parlamentar, presidida pela deputada estadual Solange Freitas (União Brasil), busca acompanhar e fiscalizar o andamento do projeto. Mas será que a pressão política será suficiente para garantir a transparência e a responsabilidade na execução da obra?

A terceira pista da Imigrantes é, sem dúvida, um projeto ambicioso e complexo, que envolve desafios técnicos, ambientais e sociais. Resta saber se os benefícios prometidos compensarão os custos e os riscos envolvidos. Afinal, o futuro da logística do Porto de Santos e da região da Baixada Santista está em jogo.



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