Peruíbe: A selva de pedra da Baixada Santista e o eterno retorno do tráfico

 Mais um capítulo da saga sem fim: homem é preso em flagrante por tráfico no Jardim Caraguava

Drogas diversas apreendida pela polícia em Peruíbe: cocaína, K2, skunk, crack e maconha. Uma amostra da variedade de drogas que alimentam o ciclo vicioso do tráfico na região.

A tarde da última terça-feira (29) trouxe à tona, mais uma vez, a face sombria de Peruíbe. Em uma operação policial que mais parece um disco riscado, um homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas no bairro Caraguava. A região, conhecida por sua beleza natural, mais uma vez serve de palco para o espetáculo degradante do crime.

A ação policial, que se desenrolou em meio à mata, culminou na apreensão de um verdadeiro arsenal químico diversificado: 21 pinos de cocaína, 36 porções de K2, 14 porções de "skunk", 74 porções de crack e 79 porções de maconha. Um leque variado para atender aos mais diversos gostos e vícios da clientela local.

O suspeito, pego em flagrante no momento em que entregava os entorpecentes a seus clientes, não ofereceu resistência à prisão. Afinal, o roteiro já é conhecido: entregar a mercadoria, receber o dinheiro, voltar para o esconderijo e reabastecer o estoque. Um ciclo vicioso que se repete à exaustão, alimentando a máquina do crime e destruindo vidas.

O caso, que agora segue para as mãos da justiça, levanta uma série de questões. Até quando Peruíbe continuará refém do tráfico? Será que as autoridades não percebem que a repressão, por si só, não resolve o problema? Afinal, enquanto houver demanda, haverá oferta.

É preciso ir além da prisão e do encarceramento. É preciso investir em educação, prevenção e tratamento. É preciso criar oportunidades para que os jovens não vejam no crime a única saída. É preciso, enfim, romper o ciclo vicioso do tráfico e construir um futuro digno para Peruíbe e seus habitantes.

A prisão deste traficante é apenas mais um capítulo da saga sem fim que se desenrola na Baixada Santista. Uma história marcada pela violência, pela desigualdade e pela falta de esperança. Uma história que precisa ser reescrita com urgência, antes que seja tarde demais.

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