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Trem intercidades: Uma jornada de São Paulo a Santos

 A ironia do progresso e a crítica ácida ao sistema

Enquanto promessas de trilhos reluzentes são feitas, os passageiros continuam presos no labirinto do transporte público precário.

Em meio à agitação da vida urbana, uma notícia surge como um raio de sol através das nuvens cinzentas: os estudos para a implementação do Trem Intercidades (TIC), uma promessa de ligação entre São Paulo e Santos, estão prestes a começar. E não é qualquer trem, mas um que promete ser a resposta para os problemas de trânsito e transporte que assolam a região.

A fonte dessa informação é ninguém menos que o secretário de Estado de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini. Ele, que tem a difícil tarefa de equilibrar as necessidades do público com as demandas do setor privado, anunciou que os estudos devem começar em junho. Uma data que, para muitos, parece distante, mas que, na realidade, está logo ali na esquina.

O projeto já havia causado um burburinho. Na época, o governador Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, já havia encontrado um caminho para o projeto, que passaria por Mongaguá. Uma escolha estratégica, sem dúvida, mas que levanta questões sobre o impacto ambiental e social dessa decisão.

A viabilidade do equipamento idealizado por Tarcísio já havia sido confirmada em uma análise realizada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Uma confirmação que, embora seja um passo na direção certa, não deixa de ser uma gota no oceano de desafios que ainda precisam ser superados.

Assim sendo, o Governo do Estado deve contratar os estudos aprofundados para a construção da linha já no próximo mês. Uma decisão que, embora seja necessária, não deixa de ser uma crítica ácida ao sistema. Afinal, por que demorou tanto para chegarmos a este ponto?

A ideia é que o veículo, após chegar à Baixada, siga para o Valongo por meio da antiga estrada Santos/Cajati, localizada próxima à Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. Uma rota que, embora seja lógica, não deixa de ser uma ironia. Afinal, estamos falando de um trem moderno que vai percorrer uma estrada antiga.

Segundo Benini, o governo busca, neste momento, definir em que lugar, na capital, o modal será conectado. Uma decisão que, embora pareça simples, tem implicações profundas. Afinal, onde você coloca a estação de trem pode determinar quem vai usar o serviço e quem vai ser deixado de fora.

Em meio a todas essas questões, uma coisa é certa: a jornada de São Paulo a Santos está prestes a ficar muito mais interessante. E, com um pouco de sorte, talvez até um pouco mais rápida.



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