Alface temperada com aracnídeo: mais um capítulo do descaso com a merenda escolar em São Paulo
Escorpião encontrado na merenda escolar de General Salgado (SP) expõe a falta de higiene e segurança alimentar nas escolas estaduais. |
Em um episódio que mistura negligência e falta de higiene, um estudante da Escola Estadual Tonico Barão, em General Salgado (SP), deparou-se com um escorpião em seu prato de merenda. O aracnídeo, um visitante indesejado na folha de alface, expõe a preocupante realidade da alimentação escolar no estado.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), em resposta protocolar, limitou-se a informar que "a equipe gestora da escola retirou e higienizou os utensílios da cozinha". Uma medida paliativa que não resolve o problema crônico da merenda escolar, que se repete em diversas unidades do estado.
A Diretoria de Ensino de Fernandópolis (SP), por sua vez, defendeu-se afirmando que a dedetização da escola foi realizada em abril e tem validade até outubro. No entanto, a presença do escorpião levanta questionamentos sobre a eficácia do controle de pragas e a segurança alimentar dos alunos.
O caso em General Salgado é mais um exemplo da falta de investimento e fiscalização na merenda escolar. A ausência de medidas preventivas eficazes coloca em risco a saúde dos estudantes, que dependem da alimentação fornecida pela escola.
A situação exige uma resposta urgente das autoridades competentes. É preciso ir além da higienização dos utensílios e da dedetização periódica. É necessário um plano de ação que garanta a qualidade e a segurança da merenda escolar, com fiscalização rigorosa e punição para os responsáveis por negligenciar a saúde dos alunos.
Afinal, a educação alimentar não pode se tornar um veneno para os estudantes. A merenda escolar deve ser um complemento nutricional essencial para o desenvolvimento físico e intelectual dos alunos, e não um risco à saúde.
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