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CadÚnico em Itanhaém: Uma peripécia burocrática em busca de direitos

 Longas filas, frustração e questionamentos sobre a capacidade de atendimento marcam o cenário do Cadastro Único na cidade

Cidadãos de Itanhaém enfrentam longas filas em busca de atendimento no CadÚnico, expondo a fragilidade da infraestrutura e a necessidade de melhorias urgentes.

Em Itanhaém, a busca por direitos sociais básicos transformou-se em um teste de paciência e perseverança para os cidadãos. A árdua jornada para acessar o Cadastro Único (CadÚnico), porta de entrada para programas como o Bolsa Família, expõe a fragilidade da infraestrutura de atendimento e levanta questionamentos sobre a eficiência da gestão pública.

Relatos de moradores que enfrentam filas intermináveis, madrugadas em vigília e a incerteza de conseguir atendimento mesmo após dias de espera, pintam um quadro preocupante. A restrição de apenas 40 atendimentos diários, em contraste com a demanda que ultrapassa a casa das centenas, evidencia a discrepância entre a necessidade da população e a capacidade de resposta do sistema.

Histórias como a da munícipe que, após três dias de espera, finalmente conseguiu atualizar seu cadastro, ilustram a saga enfrentada pelos itanhaenses. A presença de pessoas com deficiência, idosos e mães com crianças nas filas, sujeitos às intempéries e à exaustão, adiciona um componente de indignação ao cenário.

A denúncia de que apenas um computador está disponível para realizar os cadastros levanta dúvidas sobre a prioridade dada à agilidade e eficiência do processo. A prefeitura, em nota, ressalta a importância do treinamento dos entrevistadores e da qualidade das informações coletadas, mas não aborda a questão da infraestrutura limitada e da capacidade de atendimento insuficiente.

A situação em Itanhaém ecoa desafios enfrentados em outras cidades brasileiras, onde a busca por direitos se transforma em um calvário burocrático. A falta de investimento em recursos humanos e tecnológicos, a ausência de planejamento e a falta de sensibilidade para com as necessidades da população, criam obstáculos que perpetuam a desigualdade e a exclusão social.



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