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Barbárie à luz do dia: Mulher é brutalmente espancada com socos e joelhadas pelo companheiro em Mongaguá

 A violência que não cessa: uma jovem é hospitalizada após agressão cruel; a sociedade assiste perplexa

Fachada da Delegacia de Defesa da Mulher de Mongaguá, onde o caso de agressão foi registrado e o agressor está à disposição da Justiça.

A tranquilidade que deveria predominar nas noites de Mongaguá, foi interrompida por um episódio de violência doméstica que choca e desperta mais uma vez o debate sobre a crescente onda de agressões dentro dos lares brasileiros. Na madrugada da última quarta-feira (25), uma jovem de apenas 18 anos foi brutalmente agredida pelo companheiro com quem mantinha um relacionamento há sete anos, culminando em uma cena de horror presenciada por vizinhos e socorristas. A vítima, que chegou a desmaiar durante os ataques, foi socorrida e permanece internada no Pronto-Socorro Central da cidade.

O agressor, um homem de 22 anos, desferiu uma série de socos e joelhadas no rosto da companheira, num ato de selvageria que, segundo relatos, teria sido motivado por ciúmes doentios. O ponto crítico da discussão se deu pelo fato de o agressor não tolerar que a vítima se arrumasse, comportamento que ele via como uma ameaça. O ciúme, mais uma vez, surge como o catalisador de uma agressão covarde, revelando um padrão familiar perturbador que ainda permeia tantos lares.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a jovem havia retornado de uma visita à casa de uma amiga quando a briga começou. A discussão, inicialmente verbal, rapidamente escalou para uma violência física assustadora. Conforme o depoimento da vítima, ela foi enforcada pelo companheiro até perder a consciência. Quando voltou a si, foi brutalmente golpeada no rosto, o que causou sangramentos. Em meio ao desespero, ela tentou escapar, mas o agressor a alcançou, desferindo joelhadas violentas no seu olho, enquanto a jovem gritava por socorro.

Em meio à tentativa de fuga, o agressor pegou a filha de dois anos do casal nos braços, ameaçando fugir com a criança. No entanto, a mulher, mesmo debilitada e gravemente ferida, conseguiu impedir que ele saísse com a menina. A ação decisiva da vítima acabou retardando a fuga do agressor, permitindo que os vizinhos interviessem e chamassem a polícia.

Alertada pela equipe do Pronto-Socorro, a Polícia Civil de Mongaguá rapidamente localizou o suspeito em um bar próximo ao local do crime. O homem foi preso e levado para a cadeia pública, onde aguarda a decisão judicial. Já a vítima, embora tenha escapado com vida, continua internada, tratando os ferimentos causados pelas agressões. 

Apesar de ter mencionado em depoimento que essa não foi a primeira vez que sofreu agressões, a jovem jamais havia registrado um boletim de ocorrência contra o companheiro. Esse detalhe lança luz sobre o grave problema do sub-registro de casos de violência doméstica, onde muitas mulheres, por medo, dependência emocional ou financeira, optam por não denunciar seus agressores, perpetuando um ciclo de violência que frequentemente termina de forma trágica.

O caso foi registrado como violência doméstica e lesão corporal na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Mongaguá. Embora o agressor esteja sob custódia, o episódio serve como um lembrete contundente de que a violência contra a mulher continua a ser um problema alarmante e persistente no Brasil, especialmente na Baixada Santista e Litoral de São Paulo.

A omissão de denúncias e o silêncio das vítimas ainda alimentam esse ciclo, que muitas vezes se estende por anos, como evidenciado pela relação de sete anos marcada por agressões. Não é apenas a segurança física das vítimas que está em jogo, mas também o bem-estar emocional e a estabilidade familiar, afetando inclusive crianças, como a filha de dois anos envolvida nesse triste episódio.

O aumento nos registros de violência doméstica durante e após a pandemia de COVID-19 demonstra que essa batalha está longe de ser vencida. O ciclo de abusos, impulsionado por fatores como ciúmes, controle e dependência emocional, precisa ser enfrentado com políticas públicas mais efetivas, campanhas educativas e, sobretudo, com o apoio contínuo e imediato às vítimas.

As autoridades locais, por sua vez, estão mais uma vez sob pressão para reforçar a segurança das mulheres e garantir que casos como este sejam tratados com a devida seriedade, prevenindo futuras tragédias.



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