Hariel Borges da Silva, de 18 anos, arrancou um olho e desfigurou o rosto do avô de 77 anos; Justiça pede verificação da sanidade do jovem
Hariel Borges da Silva, o jovem de 18 anos acusado de arrancar um olho e desfigurar o rosto do avô em Santos. |
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) tornou réu o jovem Hariel Borges da Silva, de 18 anos, acusado de arrancar um olho e desfigurar o rosto do próprio avô, Oswaldi da Silva, de 77 anos. A barbárie ocorreu no dia 24 de julho, quando o jovem, supostamente alterado, partiu para cima do avô com facadas e golpes de notebook.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Hariel foi preso em flagrante após a brutal agressão, que deixou o avô com um globo ocular arrancado e outro extremamente lesionado, resultando na perda total da visão. A Justiça também pediu a instauração de um "incidente de insanidade mental" do rapaz, ou seja, a verificação da sanidade do jovem.
Segundo a delegada responsável do caso, Liliane Lopes Doretto, a vítima e o neto tinham uma relação bem próxima, o que torna o caso ainda mais chocante. A investigação revelou que, duas semanas antes do ataque, Oswaldi descobriu que o neto estava fumando maconha e desaprovou a situação. Além disso, Hariel não gostava do fato do avô ter seguido a vida depois da morte da avó dele, um ano e meio atrás.
Na tarde que antecedeu o crime, o suspeito quis pegar o carro do avô emprestado, mas teve o pedido negado. Ainda de acordo com a delegada, Hariel confessou que fumou maconha e disse ter ouvido vozes antes do ataque. Ele partiu para cima do avô com vários murros, chegou a pegar uma faca, mas não a usou nos golpes, jogando o objeto pela janela. Além disso, ele usou um notebook nas agressões.
A polícia encontrou o jovem ensanguentado na área comum do prédio, na Rua Frei Francisco Sampaio, no bairro Aparecida, em Santos. Ao chegar no local do crime, os policiais precisaram usar taser para contê-lo, pois Hariel estava "totalmente alterado" e partiu para cima dos PMs.
Agora, a defesa do jovem tem 10 dias para se manifestar e responder à acusação. O caso é um exemplo chocante da violência que pode ocorrer dentro das famílias e a importância de se buscar ajuda profissional quando necessário.
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