Discussão por uma transferência bancária de valor mínimo culmina em agressão física entre parentes em frente à escola. Caso foi registrado pela Polícia Civil
Adolescente de 14 anos foi agredida na saída de sua escola por uma prima, em São Vicente, após uma discussão por um PIX de R$ 10. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal. |
Na manhã do último sábado (7), uma adolescente de 14 anos foi violentamente agredida por sua prima, de 25 anos, na porta da Escola Estadual Professor Paulo de Arruda Penteado, localizada no Conjunto Residencial Humaitá, em São Vicente. A motivação por trás do ato agressivo surpreende pela banalidade: uma transferência PIX no valor de R$ 10.
De acordo com informações prestadas pela mãe da vítima, Vânia Ramos, essa já foi a terceira vez que a adolescente sofreu agressões da mesma parente. A mulher conta que tudo começou como uma "brincadeira boba", quando as filhas e um primo, de 19 anos, solicitaram um PIX de R$ 10 a ele. A prima, ao descobrir, se mostrou indignada com o pedido e iniciou uma série de xingamentos dirigidos à adolescente e sua irmã.
Vânia tentou apaziguar a situação, oferecendo-se para devolver o valor, mas a discussão rapidamente escalou. "Tudo isso por causa de R$ 10", lamentou Vânia, que relembra o momento em que a filha de 14 anos, ao tentar defendê-la, foi violentamente agredida pela prima. Na ocasião, a mãe preferiu não registrar um boletim de ocorrência, esperando que o conflito se resolvesse dentro da família.
Contudo, a situação piorou em uma festa familiar no último final de semana. Durante o evento, a adolescente recebeu uma "ombrada" da prima, o que deu início a mais uma confusão. O conflito chamou tanta atenção que a família decidiu finalmente levar o caso à delegacia. Não satisfeita, a agressora aguardou a jovem na saída da escola no dia seguinte e, novamente, a atacou com tapas, socos e chutes. Desta vez, a violência foi registrada por uma estudante que passava pelo local, e o vídeo viralizou nas redes sociais.
A adolescente passou por exame de corpo de delito, e a família registrou o caso como lesão corporal na Delegacia Sede de São Vicente. A investigação foi encaminhada ao 3° Distrito Policial, onde está sendo conduzida.
Enquanto a vítima e sua mãe alegam que a agressão foi premeditada e reiterada, a prima, em sua defesa, apresentou uma versão diferente dos fatos à polícia. Grávida, ela afirma que estava a caminho da Unidade Básica de Saúde (UBS) quando foi abordada pela adolescente e, por isso, reagiu em legítima defesa. O pai da agressora, que testemunhou o episódio, interveio apenas para "separar a briga", segundo seu relato.
O caso, que expôs uma dinâmica familiar conturbada, segue sob investigação das autoridades. A mãe da vítima expressa indignação com a situação, especialmente pelo fato de se tratar de um conflito dentro da família. "É triste saber que uma pessoa de sangue está ameaçando sua filha. Se ela queria brigar, que brigasse com um adulto", desabafou Vânia.
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que não se pronunciará sobre o caso, uma vez que o incidente não tem ligação direta com a escola. A expectativa da família é que a justiça seja feita, e que a prima agressora responda pelos atos cometidos.
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