Vídeo chocante registra professor passando as mãos nas partes íntimas de um aluno de 11 anos, que sofreu abuso há um mês, três vezes por semana
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| O professor é suspeito de abusar de um aluno menor de idade em sala de aula durante exibição de vídeos. |
A escola estadual da zona sul de São Paulo, que era considerada um local seguro e acolhedor para os estudantes, revelou-se um inferno para um menino de 11 anos que foi vítima de abuso sexual por um professor de geografia. O crime foi gravado em vídeo e encaminhado às autoridades policiais, que agora investigam o professor suspeito.
De acordo com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), a direção da escola afastou o professor da instituição e acolheu a vítima no mesmo dia em que teve acesso ao vídeo, na última sexta-feira (27/9). O conselho tutelar foi acionado e um boletim de ocorrência foi registrado como estupro de vulnerável.
O vídeo, que não foi divulgado, registra o professor passando as mãos nas partes íntimas do aluno por um tempo. Em depoimento policial, a diretora da escola afirmou que mostrou as imagens ao professor, que teria dito que ela estava interpretando tudo errado e teria ido embora.
A mãe do menino, que pediu anonimato, relatou que o filho está sofrendo esse abuso há um mês, três vezes por semana. À mãe, a criança contou que está com medo por ameaças que recebeu. "Acontecia de ele levar as crianças para assistir a filmes na sala de vídeo e fazia abuso com meu filho na sala de vídeo, no escuro. Eu deixava meu filho na escola para ir trabalhar e meu filho estava sendo abusado dentro da sala de aula. Ele nem dorme de noite, qualquer barulho na porta ele está achando que é o professor que veio matá-lo", afirmou a mãe.
O caso é mais um exemplo da gravidade do problema de abuso sexual em escolas brasileiras. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o número de casos de estupro de vulnerável em 2024 até agosto é de 2.982, sendo que 1.455 (ou 48,7%) foram registrados somente na cidade de São Paulo.
A SSP informou que o caso segue sob investigação por meio de inquérito policial instaurado pela 6ª Delegacia de Defesa da Mulher. "As equipes da unidade estão empenhadas em busca de elementos que possam auxiliar na localização do autor e no esclarecimento dos fatos", diz a nota.
A escola estadual também está trabalhando para apoiar a vítima e prevenir futuros casos de abuso. A Seduc-SP informou que a equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar e profissionais do programa Psicólogos nas Escolas atuam no caso.
O caso também revelou que outro colega de classe do menino teria mandado uma mensagem de texto a ele revelando que também sofria abusos do mesmo professor, mas que tinha medo de falar sobre isso.
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