Briga conjugal termina em tragédia após insultos e gesto inesperado; suspeita confessa crime e busca socorro
Residência na Rua Xingu, em Guarujá, onde a discussão entre o casal terminou em tragédia na noite deste último domingo. |
Uma discussão doméstica culminou em tragédia na noite do último domingo (24), na Rua Xingu, em Guarujá, quando uma mulher de 44 anos esfaqueou e matou o companheiro, de 46. O relacionamento, que durava 24 anos e gerou três filhos, já era marcado por conflitos recorrentes, segundo relatos da suspeita.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), após o golpe fatal, a mulher procurou socorro em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde relatou o ocorrido. Em depoimento, ela afirmou que a agressão foi desencadeada por um episódio específico: o homem, supostamente alcoolizado e sob efeito de drogas, teria retornado do trabalho e, ao encontrá-la limpando um peixe com uma faca, a abraçou pelas costas enquanto a insultava, chamando-a de "lixo".
Conforme detalhado pela mulher à Polícia Civil, o histórico de desavenças no casamento era extenso. Ela afirmou já ter registrado diversos boletins de ocorrência contra o companheiro e chegou a se abrigar em uma instituição destinada a mulheres vítimas de violência. No entanto, as idas e vindas do relacionamento culminaram no reencontro que acabou de forma trágica.
Segundo a suspeita, o ato de esfaquear o marido foi impulsivo e sem intenção de matar, embora tenha resultado em uma lesão fatal no abdômen. Em desespero após o ataque, ela se dirigiu à UPA do Perequê em busca de ajuda, mas o destino já estava selado.
Guardas Civis Municipais (GCM) foram acionados para atender à ocorrência e, ao chegarem ao local, encontraram o corpo do homem caído em frente ao portão da residência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas apenas para constatar o óbito. Ao lado do corpo estava a mulher, que admitiu a autoria do crime sem resistência.
A faca utilizada foi apreendida e a suspeita foi conduzida para a Cadeia Pública de São Vicente. O caso foi registrado como homicídio na Delegacia Sede de Guarujá, e a investigação segue para esclarecer os detalhes do ocorrido.
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