Foragido há 11 anos: Assassino de policial é capturado com identidade falsa em Praia Grande

 Homem condenado por latrocínio em São Vicente utilizava documentos do irmão para escapar da justiça

Polícia Civil de Santos captura foragido por morte de PM em confronto 11 anos após crime, em Praia Grande.

Uma operação meticulosa da Polícia Civil resultou na prisão de um homem de 38 anos que estava foragido há mais de uma década. Condenado a 28 anos de prisão pelo latrocínio de um policial militar durante uma tentativa de assalto em São Vicente, ele foi encontrado no bairro Vila Sônia, em Praia Grande. O detido utilizava documentos falsos em nome de seu irmão para evitar a captura.

Na madrugada de 2 de abril de 2013, o silêncio do bairro Cidade Náutica foi rompido por uma tentativa de roubo a três caixas eletrônicos em um posto de gasolina. Dois criminosos armados invadiram o local com explosivos, mas foram surpreendidos por uma guarnição da Polícia Militar. O confronto foi imediato, culminando na morte de um dos policiais envolvidos na operação. Os assaltantes fugiram, deixando para trás um rastro de destruição e pânico, além de explosivos não detonados que exigiram a presença do esquadrão antibombas.

Desde aquele dia, a Polícia Civil empreendeu esforços contínuos para identificar e capturar os responsáveis. Ambos os suspeitos foram identificados, mas um deles conseguiu se esconder durante mais de 11 anos. De acordo com a investigação, ele utilizava documentos do irmão para construir uma nova identidade e viver à margem da sociedade.

Após minucioso trabalho de inteligência, os policiais conseguiram localizar o foragido em Praia Grande. A captura foi realizada na manhã da última terça-feira (3) por agentes da Delegacia Seccional de Santos. Durante a abordagem, o homem foi flagrado com documentos falsos e encaminhado ao 1º Distrito Policial de Santos, onde foi autuado em flagrante por este novo crime.

Com a prisão, o homem deverá cumprir a pena de 28 anos pela condenação de latrocínio, além de responder pelo crime de falsidade ideológica. Segundo a Polícia Civil, a operação é um exemplo do comprometimento das forças de segurança em garantir que crimes graves, como o assassinato de agentes públicos, não fiquem impunes, mesmo que a justiça tarde.

A prisão do foragido renova a esperança de que a aplicação da lei, ainda que tardia, cumpra seu papel.

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