Investigação apura os passos de agente que desapareceu com viatura abandonada em Guarujá
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| Viatura da Polícia Civil permeneceu estacionada em região residencial, centro de um mistério ainda não resolvido no litoral paulista. Foto: Reprodução/Internet. |
O desaparecimento inusitado de um policial civil da cidade de Bertioga, na Baixada Santista, lança uma sombra de mistério sobre as corporações de segurança da região. Na manhã da última segunda-feira (20), o investigador, cuja identidade não foi revelada, foi visto pela última vez ao volante de uma viatura oficial (descaracterizada), um Chevrolet Meriva, que previamente havia sido reportada como abandonada na Avenida Santidade Papa Paulo VI, no Jardim Boa Esperança, em Guarujá.
O incidente começou com a inquietação dos moradores da região, que estranharam a presença prolongada do veículo estacionado no local. Chamados pela população, policiais militares identificaram que o automóvel não era apenas um carro comum abandonado, mas uma viatura da Polícia Civil de Bertioga. Embora fechada, a viatura estava destrancada, o que aumentou ainda mais as suspeitas. Em um desfecho inesperado, o investigador apareceu, alegou estar autorizado a utilizar o veículo e partiu, sumindo logo depois.
De acordo com o boletim de ocorrência, o policial havia trabalhado em um plantão extraordinário (DEJEC), iniciado à meia-noite e encerrado às 8h, no qual atendeu a um caso de desentendimento conjugal. Durante o atendimento, contrariando orientações internas, ele utilizou a viatura para transportar uma das partes envolvidas ao pronto-socorro municipal. Embora ações como essa possam parecer nobres, a falta de comunicação com superiores e o descumprimento de normas regimentais contribuíram para a escalada da situação.
Após o atendimento no pronto-socorro, o investigador voltou rapidamente à delegacia, mas em seguida saiu novamente com a viatura sem dar qualquer satisfação aos colegas de plantão. Fontes internas indicam que ele parecia estar alterado, mas até o momento, não há confirmação oficial sobre o que teria motivado seu comportamento.
Já em Guarujá, a situação se tornou ainda mais peculiar. Ao perceber que a viatura estava sendo investigada pela PM, o policial apareceu para reivindicar o veículo e desapareceu em seguida. A sequência de eventos aponta para uma mistura de improviso e insubordinação, levando a corporação a abrir uma investigação formal.
A ausência de respostas concretas forçou a Polícia Civil de Praia Grande, onde o policial havia sido recentemente transferido, a iniciar buscas. Apesar dos esforços, nem o investigador nem a viatura foram localizados. Informantes sob anonimato revelaram que a esposa do policial chegou a localizá-lo em casa e guardou a chave da viatura, mas ele teria saído novamente, deixando um rastro de perguntas sem respostas.
O caso foi registrado na Delegacia de Bertioga como apropriação indébita, enquadrada no artigo 168 do Código Penal, e encaminhado à 6ª Corregedoria Auxiliar de Santos. Em paralelo, foi solicitado o bloqueio da viatura. A investigação segue em andamento, mas até o momento, permanece envolta em mistério.
Enquanto a polícia tenta remontar os passos do investigador desaparecido, o caso revela falhas preocupantes no sistema de controle e comunicação interna das forças de segurança. A população, por sua vez, assiste a mais um episódio que alimenta a desconfiança nas instituições encarregadas de garantir a ordem.
Com o desenrolar da investigação, espera-se que as autoridades lançem luz sobre as circunstâncias que levaram ao sumiço do policial e da viatura, esclarecendo as motivações e as responsabilidades envolvidas.
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