Últimas Notícias

8/recent/ticker-posts

Vendedores de Guarujá negam acusações de apedrejamento e alegam uso indiscriminado de spray de pimenta por Guarda Municipal

Comerciantes envolvidos em confronto na Praia de Pitangueiras apresentam sua versão dos fatos e contestam boletim de ocorrência policial

Guarda municipal chegou a ser atingido por pedradas e teve a mola do carregador de sua arma danificada pelo ataque. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal.

O episódio de confronto na Praia de Pitangueiras, em Guarujá, que culminou com um Guarda Civil Municipal (GCM) ferido e acusações de apedrejamento contra comerciantes locais, ganhou um novo capítulo com a manifestação dos vendedores envolvidos. Em depoimento à polícia, um dos comerciantes acusados de liderar o ataque negou veementemente as acusações e apresentou uma versão dos fatos divergente do boletim de ocorrência registrado pelas autoridades.

De acordo com o relato policial, o GCM, que estava de férias e auxiliando seu irmão em uma barraca de praia, teria flagrado funcionários de um carrinho de vendas concorrente praticando abordagem irregular de clientes. Ao intervir, o agente alega ter sido recebido com hostilidade e agressões verbais, que rapidamente escalaram para um confronto físico. O boletim de ocorrência narra que o guarda foi atacado por um grupo de indivíduos, inicialmente com socos e empurrões, e posteriormente com pedras, que o atingiram em diversas partes do corpo, causando ferimentos.

Entretanto, a versão apresentada pelo comerciante acusado diverge significativamente. Em seu depoimento, ele alega que a confusão teve início quando o GCM, de forma abrupta e sem identificação, utilizou spray de pimenta contra os vendedores.  O comerciante contesta a narrativa de que teria participado do apedrejamento e afirma não ter sido sequer reconhecido pelo guarda como um dos agressores.  Essa declaração lança dúvidas sobre a dinâmica dos eventos e motiva a necessidade de uma investigação mais aprofundada para esclarecer os fatos.

Segundo o boletim de ocorrência, o desentendimento teria começado quando o GCM repreendeu os vendedores pela prática de atrair clientes de maneira irregular, prejudicando outros comerciantes da área. A vítima relatou que os vendedores reagiram de forma agressiva, utilizando termos depreciativos e iniciando a briga. O documento policial descreve que, durante a escalada da violência, o guarda utilizou uma barra de ferro e spray de pimenta na tentativa de se defender.  Uma testemunha, mencionada no boletim, reforça a versão de que os vendedores coagiam turistas a consumir em seus estabelecimentos e os induziam a estacionar em área irregular mediante cobrança de taxa.

O relato do GCM à polícia detalha momentos de intensa violência. Ele afirma ter sido perseguido pelos agressores mesmo após tentar se refugiar e relata ter sido novamente atacado com pedras, sofrendo ferimentos no peito, rosto e supercílio.  Em um momento de extrema tensão, temendo um linchamento, o guarda declarou ter tentado sacar sua arma de fogo para se defender, mas a ação teria sido frustrada pela tontura e por uma pedrada que atingiu sua arma, danificando o carregador.  A fuga dos agressores teria ocorrido somente após perceberem que o guarda estava armado.

A Polícia Militar foi acionada e compareceu ao local após ser informada sobre a agressão. O GCM foi socorrido por colegas da Guarda Municipal e encaminhado a um pronto-socorro para atendimento médico. A Delegacia de Polícia de Guarujá instaurou um inquérito para investigar o caso, classificado inicialmente como lesão corporal, e busca identificar e localizar todos os envolvidos no confronto.

A Prefeitura de Guarujá, por meio de nota oficial, confirmou o incidente e informou que o guarda civil municipal estava em período de férias desde o dia 17 de fevereiro, com retorno previsto para 18 de março. A administração municipal assegurou que, apesar dos ferimentos sofridos, o agente passa bem.

A investigação policial segue em curso para esclarecer os pontos conflitantes dos depoimentos e determinar as responsabilidades de cada um dos envolvidos neste episódio de violência na Praia de Pitangueiras. A versão dos comerciantes, que negam o apedrejamento e alegam uso indevido de spray de pimenta, adiciona complexidade ao caso e reforça a necessidade de uma apuração completa e imparcial dos fatos.



Tags: #Guarujá #PraiaDePitangueiras #Violência #GCM #Comerciantes #Polícia #Investigação #SprayDePimenta #Apedrejamento #Notícias

Postar um comentário

0 Comentários