Investigação policial flagrou comércio irregular operando com mercadorias ilegais e perigosas à saúde pública em pleno bairro Jardim Boa Esperança
Um comerciante de 26 anos foi preso em flagrante na tarde da última sexta-feira (1º), no bairro Jardim Boa Esperança, em Guarujá, após agentes do 3º Distrito Policial de Santos confirmarem denúncias sobre atividades ilegais realizadas em seu estabelecimento. O local funcionava como ponto de venda de bebidas alcoólicas falsificadas, cigarros de origem estrangeira sem qualquer documentação fiscal e medicamentos de uso controlado vendidos sem receita médica.
A investigação teve início após uma denúncia anônima alertar as autoridades sobre a movimentação suspeita no comércio instalado na Avenida dos Caiçaras. Os investigadores realizaram uma campana e observaram uma rotina típica de atividades ilícitas: clientes entrando e saindo com sacolas opacas, comportamento evasivo e discreto, típico de quem sabe que está comprando mais do que uma simples garrafa de bebida.
Ao entrar no local, a polícia se deparou com uma verdadeira feira do ilícito. Foram apreendidas 13 garrafas de vodka e 21 garrafas de whisky com sinais evidentes de falsificação: tampas violadas, rótulos que não seguiam os padrões comerciais, ausência de selos fiscais e frascos visivelmente adulterados.
Além das bebidas, os agentes encontraram 20 maços de cigarros Gift, 5 maços da marca Eight e outros 10 do tipo Gudang Garam — todos de origem estrangeira e sem qualquer documentação que atestasse legalidade. Contudo, o que mais preocupou os policiais foi a apreensão de seis canetas da marca Mounjaro, um medicamento de uso controlado indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, mas amplamente utilizado de forma indevida para emagrecimento rápido. As canetas estavam armazenadas sem nota fiscal e completamente desvinculadas de qualquer prescrição médica — um risco direto à saúde de quem as utiliza.
O comerciante foi detido e conduzido à cadeia pública do município. Ele foi autuado em flagrante pelos crimes de venda de medicamentos sem origem lícita, contrabando e crime contra as relações de consumo. Após passar por audiência de custódia, foi liberado mediante cumprimento de medidas cautelares. Apesar da liberdade provisória, ele continuará a responder por crimes que incluem a falsificação de medicamentos — infração considerada inafiançável pela legislação brasileira.
A ação policial acende um alerta sobre a banalização e a facilidade com que produtos potencialmente perigosos à saúde são comercializados em estabelecimentos informais. Além do risco sanitário, esse tipo de crime corrói a economia formal, mina a confiança do consumidor e contribui para o fortalecimento de redes criminosas que lucram às custas da negligência com a vida humana.
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