Enquanto a dengue avança, a administração municipal insiste na mediocridade dos "Fumacês"
Enquanto a fumaça do "fumacê" se espalha pelas ruas, a incompetência da gestão municipal em lidar com a dengue também se alastra, deixando a população à mercê da doença. |
Mais um capítulo na saga da ineficácia administrativa em Praia Grande é escrito, e, lamentavelmente, não é um capítulo de sucesso. Enquanto a dengue avança impiedosamente sobre a população, a gestão municipal parece mais interessada em jogadas de marketing do que em soluções reais. O recente anúncio de que o bairro Guilhermina será alvo de nebulização é mais uma prova do desespero de uma administração despreparada e desconectada da realidade.
A medida, que deveria ser um último recurso, é anunciada como se fosse uma grande conquista, quando na verdade é apenas um sinal do fracasso em conter a proliferação do Aedes Aegypti. Depois do bairro Tupi, agora é a vez da Guilhermina ser submetida a uma nuvem de pesticidas, numa tentativa desesperada de conter uma epidemia que já se alastra há meses.
A nebulização, embora apresentada como uma solução, é apenas um paliativo que mascara a incompetência das autoridades em lidar com a situação. Enquanto isso, a população é deixada à mercê da doença, sem políticas eficazes de prevenção e combate aos criadouros do mosquito.
É importante ressaltar que a nebulização não é uma medida isenta de riscos. Além de ser questionada por sua eficácia a longo prazo, a pulverização de inseticidas pode trazer consequências graves para a saúde humana e o meio ambiente. No entanto, parece que a prefeitura está mais preocupada em fazer alarde do que em avaliar os reais impactos dessa medida desesperada.
Enquanto isso, a população é orientada a manter portas e janelas abertas durante a nebulização, como se o simples ato de arejar os ambientes fosse suficiente para afastar o perigo. A diretora da Divisão de Saúde Ambiental, Maria Fernanda Gonçalves, faz recomendações vazias, enquanto o problema real persiste sem solução.
O anúncio da situação de emergência em saúde pública para a dengue em Praia Grande, que já dura meses, é apenas mais um sinal da incapacidade do poder público em lidar com a crise. Enquanto a burocracia se arrasta, a doença avança, ceifando vidas e deixando um rastro de sofrimento por onde passa.
Enquanto isso, o Centro de Enfrentamento das Arboviroses Urbanas de Praia Grande (CEAU-PG), criado com pompa e circunstância, parece mais uma peça de ficção do que uma instituição efetiva de combate à dengue. Enquanto isso, os agentes de combate às endemias, sobrecarregados e desvalorizados, lutam para dar conta do recado em meio à falta de recursos e apoio.
É hora de a administração municipal acordar para a realidade e assumir sua responsabilidade diante da crise. Medidas paliativas e jogadas de marketing não são suficientes para conter uma epidemia que ameaça a saúde e a segurança da população. É preciso investir em políticas públicas eficazes, que ataquem as causas do problema e não apenas seus sintomas.
Enquanto isso não acontece, a população de Praia Grande continua à mercê de uma administração que não demonstra competência para lidar com essa epidemia, que é sazonal, e o poder público já tem conhecimento profundo para que medidas eficazes fossem tomadas. A dengue avança, e com ela avança também a vergonha de uma gestão que parece mais interessada em se autopromover do que em proteger aqueles que deveria servir.
0 Comentários