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GIER: A opacidade do novo sistema de gestão escolar de Santos

 Terceirização milionária levanta questionamentos sobre transparência e eficiência na educação municipal

O novo sistema de gestão escolar GIER tem apresentado falhas e instabilidades, prejudicando o trabalho de professores e a transparência dos dados da educação municipal.

A recente substituição do Sistema Integrado de Gestão Escolar (SIGES) pelo sistema Gestão Integrada de Educação Responsável (GIER) na rede municipal de ensino de Santos tem gerado controvérsias. Além de falhas operacionais que prejudicam o trabalho de professores e a gestão de matrículas, a mudança levanta sérias preocupações sobre a transparência dos dados públicos da educação.

O SIGES, desenvolvido por servidores municipais, permitia amplo acesso a informações relevantes sobre o funcionamento das escolas, como número de alunos por turma, quantidade de professores e outros dados cruciais para a avaliação da qualidade do ensino. Com o GIER, essas informações tornaram-se inacessíveis para a população e para os próprios servidores.

A falta de transparência se agrava com a retirada do SIGES do ar, impossibilitando a comparação entre os sistemas e o acesso a dados históricos. A situação levanta questionamentos sobre os reais motivos por trás da substituição de um sistema funcional e de baixo custo por um programa terceirizado, cujo contrato envolve cifras milionárias.

A experiência de outras cidades com o GIER também é preocupante. Em Aracaju (SE) e São Caetano do Sul (SP), o sistema apresentou graves problemas de funcionamento, com relatos de bugs, perda de dados e instabilidade. Em São Caetano, o contrato com a empresa responsável pelo GIER foi cancelado após inúmeras reclamações.

Em Santos, o Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (SINDSERV) questiona a Prefeitura sobre a falta de transparência e incluiu o tema na pauta da Assembleia dos Profissionais do Magistério. A preocupação com a opacidade do novo sistema e seus impactos na gestão da educação municipal se soma às dúvidas sobre a eficiência e os custos da terceirização.

A situação evidencia a necessidade de um debate amplo e transparente sobre a gestão da educação em Santos, com a participação da comunidade escolar e da sociedade civil. A falta de acesso aos dados públicos e a opacidade dos processos decisórios prejudicam o controle social e a construção de uma educação pública de qualidade.



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