Em cada imagem, um pedaço da história: o Palácio das Artes exibe vozes, lutas e afetos da população negra em narrativa sensível e poderosa
A exposição "Afeto e Memória" transforma o Palácio das Artes em um espaço de diálogo e reflexão sobre a cultura negra. |
Em Praia Grande, o Palácio das Artes se transforma em um espaço de reflexão, acolhendo a exposição "Afeto e Memória", uma mostra que transcende o conceito de arte ao promover o reconhecimento e a valorização da cultura negra.
Sob a curadoria das respeitadas Bárbara Copque e Rosane Borges, a exposição reúne 40 fotografias que capturam experiências, afetos e memórias de comunidades negras. Com a participação de dez fotógrafos negros, a exposição convida os visitantes a explorarem aspectos íntimos e coletivos das vivências afro-brasileiras, revelando as nuances de identidades que resistem e prosperam em meio aos desafios sociais.
A mostra, que integra as celebrações do Dia da Consciência Negra, é gratuita e permanecerá aberta até o dia 22 de novembro. Além das fotografias, o evento oferece oficinas e visitas guiadas para aprofundar a experiência dos participantes. A proposta é não apenas mostrar a beleza e resiliência da população negra, mas também provocar uma reflexão sobre questões estruturais, como a invisibilidade histórica e a resistência cultural. Cada fotografia é um convite ao diálogo, promovendo uma compreensão empática sobre a diversidade que compõe o país.
A narrativa construída pela exposição vai além do olhar estético, utilizando as lentes dos fotógrafos como ferramentas de memória e resgate histórico. Nas imagens expostas, os laços afetivos e culturais são revelados em detalhes, transportando o visitante para o cotidiano e a ancestralidade dos retratados.
É uma representação viva de herança e resistência que se expressa no semblante dos rostos, nas expressões de alegria e luta, e na riqueza das cores que preenchem cada quadro.
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