Justiça ou barbárie? assaltante em Santos é espancado por populares, expondo o colapso da segurança e da lei!

 Linchamento ou defesa? brutal agressão a ladrão em Santos acende a faísca do debate: Onde termina a Justiça e começa a vingança?

Tentativa de assalto em Santos termina com criminoso detido e ferido por populares, levantando questões sobre justiça e segurança.

Na noite da última quinta-feira, na esquina das ruas Oswaldo Cochrane com Coronel Proost de Souza, no bairro Embaré em Santos, a habitual rotina foi quebrada por uma tentativa de assalto. O alvo, um pedestre que preferiu o anonimato ao invés do palco de uma delegacia, escapou das garras do infortúnio, deixando para trás um cenário digno de novela policial: um assaltante detido e ferido, contido não pelas forças da lei, mas pela fúria da população.

Allan Coelho de Lima, o protagonista desta história, foi encontrado pela Polícia Militar ensanguentado e cercado por um mar de rostos raivosos. Em sua posse, um revólver carregado com a numeração raspada, uma bolsa e um relógio feminino quebrado – tristes troféus de uma batalha perdida antes mesmo de começar. O desfecho? UPA, curativo, 3º Distrito Policial e... um registro por porte ilegal de arma. Mas e a tentativa de roubo? Essa ficou esquecida em algum canto da delegacia, junto com a coragem da vítima de prestar queixa.

A narrativa nos obriga a questionar: até onde vai o limite da ação cidadã? A população, cansada da insegurança e da falta de respostas, resolveu fazer justiça com as próprias mãos. Mas será que essa é a solução? A violência, mesmo quando usada contra um criminoso, não nos coloca no mesmo patamar daqueles que condenamos?

E a polícia, onde estava? Esperava um convite formal para entrar em cena? A ausência de testemunhas dispostas a depor escancara não só o medo, mas também a descrença na justiça. Afinal, para que perder tempo em delegacias se o bandido estará livre em poucas horas?

O caso de Allan é um dos problemas que mais assolam a segurança pública no Brasil. Leis frágeis, sensação de impunidade, medo e descrença nas instituições formam um coquetel explosivo que ameaça a ordem social. A população, acuada, busca soluções desesperadas. Mas a verdadeira justiça, aquela que pune e ressocializa, essa continua fora do alcance.

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