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Caminhoneiro embriagado e em fúria: Uma trilha de destruição e morte no litoral

 Motorista bêbado conduz na contramão, colide com nove veículos e provoca a morte de motociclista, espalhando pânico na Baixada Santista

Destroços da motocicleta atingido pelo caminhoneiro embriagado, que deixou um rastro de morte e destruição no litoral paulista.


O que poderia ter sido apenas mais um domingo no litoral paulista tornou-se um pesadelo real para motoristas e pedestres que trafegavam pela rodovia Cônego Domênico Rangoni e pela Rio-Santos. No epicentro deste cenário de destruição, um caminhoneiro embriagado e sob efeito de substâncias psicoativas protagonizou uma sequência de tragédias que culminou na morte de um motociclista, ferimentos em várias pessoas e um rastro de destruição ao longo de quilômetros.

No final da tarde de domingo, por volta das 17h40, a Polícia Militar Rodoviária começou a receber relatos de que um caminhão carregado com glicerina trafegava de forma perigosa pela Cônego Domênico Rangoni, no sentido Cubatão. O motorista, visivelmente fora de controle, não tardaria a transformar sua imprudência em tragédia. A primeira colisão aconteceu no km 268, quando o caminhoneiro embriagado atingiu dois veículos. Embora os condutores saíssem ilesos, o alarme estava dado: algo muito errado acontecia.

Caminhoneiro só parou após perder o controle do veículo e invadir uma área de mata às margens da rodovia.

A ordem de parada foi emitida pelas autoridades, mas o caminhoneiro, em um claro desafio à ordem pública e ao bom senso, desrespeitou a instrução. Não satisfeito, acelerou ainda mais e, como uma bomba-relógio, seguiu na contramão, em direção a Guarujá.

No trajeto que seguiria, os policiais rodoviários tentavam desesperadamente evitar uma catástrofe ainda maior, alertando motoristas com sinais sonoros e luminosos. A resposta do caminhoneiro foi colidir de frente com uma viatura policial, rodopiando o veículo oficial como se fosse de brinquedo. Os agentes escaparam ilesos, mas a demonstração de força destrutiva daquele caminhão não deixava dúvidas sobre o que estava por vir.

Na altura do km 247, a tragédia atingiu seu ápice. Um motociclista e sua passageira, que seguiam pela Rio-Santos, foram atingidos em cheio pelo caminhão. O impacto foi fatal para o motociclista, que morreu no local. Sua passageira, uma mulher que lutava pela vida, foi socorrida em estado grave e levada ao Hospital Santo Amaro, onde passou por cirurgia e segue em estado de emergência. O cenário de destruição parecia não ter fim.

Mesmo após o atropelamento, o motorista seguiu na contramão por mais dois quilômetros, atingindo outros quatro veículos no caminho. Em um deles, uma motorista ficou presa nas ferragens, sendo resgatada pelos bombeiros e encaminhada à UPA de Guarujá, consciente, mas com lesões no pescoço. Mais uma vez, o caminhoneiro não parou.

Finalmente, a trajetória desgovernada chegou ao fim quando o caminhoneiro perdeu o controle do veículo e adentrou uma área de mata, à beira da rodovia. No entanto, o final desta narrativa de horror ainda reservava uma cena digna de um filme de ação. Ao ser retirado da cabine por policiais rodoviários, o motorista, visivelmente alterado, desferiu golpes com um pedaço de pau nos agentes, que conseguiram desarmá-lo e algemá-lo. As cenas de violência e brutalidade protagonizadas pelo caminhoneiro revelaram, mais uma vez, o grau de descontrole em que ele se encontrava.

Encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Santos, os exames confirmaram o que já era evidente: o motorista estava embriagado e havia consumido substâncias psicoativas, cujo tipo não foi revelado. O destino, já traçado, foi sua prisão em flagrante, decretada pelo delegado do 7º Distrito Policial de Santos.

O caso, que agora seguirá para julgamento, deve abrir novamente o debate sobre a rigidez das leis de trânsito, fiscalização e punição adequada para aqueles que deliberadamente colocam em risco a vida de inocentes. Afinal, quantos corpos ainda serão necessários para que se tome uma atitude concreta?



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