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Desespero em Itanhaém: criança com braço fraturado é transferida para outro município sem atendimento ortopédico

 Falta de especialista expõe fragilidade da saúde pública em Itanhaém, forçando pai a buscar socorro em Mongaguá após peregrinação infrutífera em hospitais locais

Unidade de saúde de Itanhaém onde paciente infantil não recebeu atendimento especializado devido à ausência de ortopedistas.

Itanhaém viveu mais um episódio que evidencia as deficiências de seu sistema de saúde pública, quando um pai, em busca de atendimento emergencial para sua filha com fratura no braço, enfrentou uma saga por unidades de saúde municipais sem qualquer suporte ortopédico. O caso revela a realidade enfrentada por muitos cidadãos que, ao buscarem ajuda em momentos críticos, esbarram na falta de estrutura e de profissionais especializados na cidade.

Após o acidente que causou a fratura, o pai levou a filha ao Hospital Infantil de Itanhaém, localizado na região central, onde esperava receber assistência. No entanto, ao chegar, foi informado da ausência de um ortopedista no hospital. Apesar de ser realizado um raio-X que confirmou a fratura, ele não obteve qualquer suporte específico ou orientação adequada sobre o próximo passo a tomar. Desorientado, foi então redirecionado ao UPA de Itanhaém, outro local onde esperava encontrar atendimento adequado.

No entanto, o problema se repetiu: mais uma vez, o pai e sua filha depararam-se com a ausência de um especialista capaz de tratar o ferimento da criança. “Nos mandaram para casa com uma pilha de papéis, mas sem qualquer prescrição de medicamentos, sem sequer um analgésico, nem uma instrução clara sobre o que fazer”, relatou o pai, expressando seu desespero diante da ineficácia do sistema de saúde local.

Sem alternativas na cidade, o pai decidiu se deslocar até Mongaguá em busca de um hospital que pudesse oferecer o atendimento que sua filha necessitava. Chegando ao hospital do município vizinho, o atendimento foi imediato: com o raio-X em mãos, a equipe rapidamente encaminhou a criança para os cuidados necessários, solucionando o problema que parecia insolúvel em Itanhaém.

A falta de profissionais especializados, especialmente ortopedistas, tem sido um problema recorrente em Itanhaém, uma cidade cujo sistema de saúde, apesar das demandas constantes da população, continua mostrando graves deficiências estruturais. Este caso é apenas mais um exemplo de uma realidade que, segundo os moradores, vem se agravando e colocando em risco a saúde e o bem-estar dos cidadãos.

A Secretaria de Saúde de Itanhaém ainda não esclareceu quais medidas estão sendo tomadas para corrigir essa situação e garantir um atendimento adequado à população. Até o momento, não há informações sobre um plano concreto para suprir a demanda de especialistas na cidade ou assegurar que casos de emergência sejam tratados com a urgência e o cuidado que a população espera e merece.

Enquanto isso, famílias como a do pai que enfrentou essa experiência angustiante seguem expostas a um sistema que, em momentos de emergência, se revela falho e despreparado. A situação exige respostas claras e ações efetivas para que episódios semelhantes não se repitam, garantindo que os cidadãos de Itanhaém possam contar com um atendimento de saúde digno e acessível.


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