Ladrões desafiam segurança pela terceira vez, invadem prédio e levam bicicleta; moradores vivem sob tensão constante
Flagrante da câmera de segurança mostra invasores circulando pela garagem do prédio antes de furtarem uma bicicleta. |
Na madrugada do último domingo (24), por volta das 2h35, o condomínio de um edifício residencial no bairro Guilhermina, em Praia Grande, tornou-se palco de mais uma audaciosa ação criminosa. Seis indivíduos foram capturados pelas câmeras de segurança do prédio enquanto invadiam o local, cortando a cerca elétrica e escalando o muro com habilidade que, lamentavelmente, beira a destreza de atletas olímpicos.
A cena registrada mostra os suspeitos, alguns com rostos cobertos, se movimentando livremente pelas áreas comuns do prédio, como se fossem os novos donos do pedaço. O objetivo principal: a garagem subterrânea. Lá, conseguiram furtar uma bicicleta que estava sem cadeado, apesar das frustradas tentativas de levar outras duas que estavam protegidas por trancas e correntes robustas.
O episódio marca a terceira invasão ao mesmo condomínio, segundo relatos dos moradores. Em ocasiões anteriores, a audácia criminosa já havia resultado no furto de outra bicicleta, enquanto, na segunda tentativa, as trancas impediram que algo fosse levado. Apesar disso, a sensação de insegurança entre os residentes cresce a cada nova ocorrência.
"Nos sentimos impotentes e sem segurança nenhuma. Temos tido vários assaltos na rua, deixando os moradores vulneráveis a todos os tipos de agressão", desabafou uma moradora, em tom que misturava indignação e resignação.
Diante do furto, o proprietário da bicicleta registrou um boletim de ocorrência no 2º Distrito Policial de Praia Grande. Entretanto, enquanto as investigações não avançam, o sentimento de vulnerabilidade dos moradores permanece inalterado.
O acesso fácil e a aparente despreocupação dos invasores escancaram um problema estrutural de segurança que não se restringe ao condomínio. As ruas do bairro têm registrado uma série de ocorrências, reforçando a sensação de abandono por parte do poder público. No caso mais recente, o fato de as câmeras terem capturado cada movimento dos criminosos não intimidou os suspeitos, que agiram com calma e destreza, como se soubessem que as imagens dificilmente os levariam à prisão.
As medidas de segurança, como cercas elétricas e cadeados, demonstraram ser barreiras insuficientes contra a determinação dos ladrões. Para os moradores, a única certeza é que a próxima invasão pode ser apenas uma questão de tempo.
O episódio reflete uma realidade que se repete em vários pontos do litoral paulista. O ciclo de crimes não resolvidos, aliado à ineficácia das autoridades em oferecer proteção, transforma simples residências em zonas de vulnerabilidade permanente.
Enquanto isso, os moradores precisam lidar com os prejuízos materiais e psicológicos causados pela falta de segurança, enquanto criminosos seguem impunes e ousados.
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