Turistas são forçados a pagar valores exorbitantes em prática ilegal sob olhar omisso da fiscalização
Carrinhos de praia em Praia Grande são alvo de denúncias por exigir consumação mínima, prática proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. |
O que deveria ser um momento de lazer e tranquilidade na praia tem se tornado um pesadelo para turistas em Praia Grande. Carrinhos de praia estão praticando a exigência de consumação mínima — uma prática flagrantemente ilegal, mas amplamente disseminada.
A abordagem é dissimulada, sem qualquer placa ou aviso explícito. Apenas quando os turistas já estão confortavelmente instalados nas cadeiras ou debaixo dos guarda-sóis é que recebem a notícia: precisam consumir um valor mínimo para permanecer ali. Os valores, muitas vezes abusivos, transformam o que deveria ser uma experiência relaxante em um peso financeiro.
Ao se depararem com tal imposição, muitos visitantes, sem alternativas práticas, acabam cedendo para evitar constrangimentos. A falta de informações claras, somada ao desconhecimento da ilegalidade dessa prática, contribui para a perpetuação do problema.
O Procon é o órgão responsável por fiscalizar práticas abusivas contra os consumidores. Contudo, a sensação é de que a fiscalização é inexistente. Enquanto isso, turistas são explorados sob o olhar complacente das autoridades. O silêncio do Procon diante dessa situação levanta questionamentos sobre sua capacidade de proteger os consumidores e garantir a aplicação das leis.
A prática de exigir consumação mínima viola o Código de Defesa do Consumidor, que proíbe a imposição de qualquer compra obrigatória. Ainda assim, a impunidade parece ser a regra em Praia Grande, criando um ambiente fértil para que tais abusos se consolidem como "prática padrão".
Além do prejuízo financeiro, a experiência negativa mancha a imagem de Praia Grande como destino turístico. Muitos visitantes retornam para casa com histórias de exploração, o que pode afastar futuros turistas e prejudicar a economia local, que depende significativamente do setor.
Se a prática continuar impune, Praia Grande corre o risco de transformar suas praias em um exemplo de exploração e desrespeito, afastando aqueles que buscam momentos de lazer e descontração.
Apesar da omissão, os turistas têm o direito de denunciar tais abusos ao Procon, que pode aplicar sanções aos infratores. Mas a falta de informação dificulta esse processo, evidenciando a necessidade de campanhas educativas e de uma fiscalização mais presente.
Enquanto as autoridades permanecerem inertes, cabe aos consumidores registrar suas reclamações e exigir o respeito aos seus direitos. Mas, sem ações efetivas, a sensação de impunidade continuará a imperar, perpetuando um ciclo de abuso e desrespeito.
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