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Morte do 'Príncipe do Crime': Câmeras corporais revelam simulação de confronto por PMs

 Imagens das câmeras operacionais portáteis dos agentes mostram que tenente e cabo simularam confronto após executar Allan de Morais Santos em Santos

Imagem de uma câmera corporal mostra o momento em que policiais da Rota cercam o carro de Allan de Morais Santos com as viaturas, já após os disparos.


O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou dois policiais militares acusados de executar Allan de Morais Santos, conhecido como "Príncipe do Crime", em 10 de fevereiro, em Santos. As imagens das câmeras operacionais portáteis (COPs) dos agentes revelam que houve simulação de confronto na cena do crime.

Segundo a denúncia, o tenente Diogo Souza Maia e o cabo Glauco Costa interceptaram o veículo de Allan, um Jeep Compass, após receberem uma denúncia de que ele estava transportando armas. No entanto, as imagens das câmeras corporais mostram que os agentes simularam um confronto após executar Allan.

Às 17h38m50s, a viatura dos réus emparelha com o automóvel de Allan, e em 5 segundos, o cabo dispara 4 vezes com um fuzil contra a vítima. O carro de Allan se movimenta após os disparos, e o cabo atira novamente. Às 17h39, a vítima já havia levado seis tiros.

Seis segundos depois, Maia é flagrado se aproximando da lateral do carro da vítima e mexendo em algo. Às 17h39m20s, ele permanece no local e, oito segundos depois, houve-se 2 disparos. Na sequência, Glauco Costa recolhe uma pistola prateada no chão, como se fosse do suspeito.

Esses tiros ouvidos por último teriam sido feitos de dentro do veículo de Allan, de acordo com os promotores da denúncia, o que simularia o confronto. Um deles aparece recolhendo o armamento como se estivesse desarmando a vítima.

As imagens também mostram que os carros da PM que estiveram na ocorrência foram parados de forma estratégica para esconder a movimentação dos agentes. Um agente chega a andar de costas para que não registrasse o veículo.

A Polícia Militar havia informado que Allan não respeitou a ordem de parada e jogou o carro contra a viatura, o que levou os agentes a disparar contra ele. No entanto, as imagens das câmeras corporais contradizem essa versão.

A denúncia também aponta que não havia sido encontrado nada ilegal no veículo de Allan durante a primeira vistoria. Apenas em uma segunda vistoria é que encontraram o projétil no assoalho e um fuzil no porta-malas.

Allan de Morais Santos, conhecido como "Príncipe do Crime", foi o 19º morto na Baixada Santista após o início da Operação Escudo. Ele tinha passagens por tentativa de homicídio e associação criminosa.



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