Fogo devastador mobiliza bombeiros, deixa feridos e alerta para riscos na navegação no litoral paulista
Embarcação consumida pelas chamas no canal Guarujá-Bertioga, em operação que mobilizou bombeiros e a Marinha. Foto: Reprodução/Redes Sociais. |
Um cenário de pânico e desespero tomou conta do canal Guarujá-Bertioga na noite do último sábado (11), quando uma lancha transportando 15 pessoas foi completamente destruída por um incêndio. O incidente, que mobilizou o Corpo de Bombeiros e a Marinha do Brasil, expõe a fragilidade das condições de segurança em embarcações privadas na região do litoral paulista.
As primeiras chamas foram detectadas por volta das 21h30, momento em que as pessoas a bordo conseguiram escapar da embarcação e buscar abrigo no píer de uma marina próxima. Apesar do susto, a maior parte dos ocupantes saiu ilesa, com exceção de duas vítimas que inalaram fumaça tóxica e precisaram de atendimento médico. Ambas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Perequê.
O Corpo de Bombeiros, acionado rapidamente, deslocou três viaturas e nove agentes para conter as chamas que ameaçavam se espalhar. O uso de líquido gerador de espuma (LGE) foi fundamental para combater o incêndio e minimizar os riscos de contaminação ambiental devido ao vazamento de diesel. O fogo foi completamente extinguido apenas às 3h da manhã de domingo (12), mais de cinco horas após o início da operação.
Segundo o Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar), mais de 70% da embarcação foi consumida pelas chamas. As cenas de destruição impressionaram os moradores e frequentadores da área, trazendo à tona questões sobre a segurança e a manutenção de embarcações particulares que circulam nos canais da região.
A Marinha do Brasil acompanhou toda a operação de resgate e combate ao incêndio, além de registrar o incidente para posterior investigação. As causas do fogo ainda são desconhecidas, mas levantam preocupações sobre possíveis falhas mecânicas ou negligência na manutenção da lancha.
O episódio reflete a necessidade de fiscalização mais rigorosa e educação para os proprietários e operadores de embarcações. A tragédia evitada por pouco reforça a importância de protocolos de segurança e medidas preventivas, especialmente em áreas de grande fluxo como o canal Guarujá-Bertioga.
Além dos riscos à vida humana, situações como essa podem causar danos ambientais significativos. O vazamento de combustível e os resíduos da embarcação destruída podem comprometer a biodiversidade do canal, um dos ecossistemas mais importantes do litoral paulista.
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