Homem de 62 anos é monitorado após internação com doença que pode causar complicações graves; vigilância epidemiológica reforça prevenção
Santos acompanha paciente com Metapneumovírus que foi internado está sendo monitorado após alta médica. Foto: Prefeitura de Santos. |
A cidade de Santos, na Baixada Santista entrou em estado de atenção após a confirmação de um caso raro de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causado pelo Metapneumovírus humano (HMPV). O paciente, um homem de 62 anos, foi internado com sintomas graves no final de dezembro de 2024, mas já recebeu alta e encontra-se em quadro clínico estável, segundo informações da Secretaria de Saúde do município.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Santos, o paciente apresentou os primeiros sinais da doença no dia 24 de dezembro, após contato com um parente que reside no exterior. Quatro dias depois, sua condição de saúde se agravou, resultando na internação em um hospital particular da região. Durante o período de hospitalização, foi mantido em isolamento devido à gravidade do quadro respiratório.
A confirmação do HMPV ocorreu por meio de um exame realizado no laboratório do hospital. Entretanto, para validação definitiva, uma amostra foi enviada ao Instituto Adolfo Lutz, referência em análises laboratoriais no estado de São Paulo. A Secretaria de Saúde Estadual também acompanha de perto o caso, enfatizando a importância da vigilância ativa e do monitoramento epidemiológico.
Descoberto em 2001 na Holanda, o metapneumovírus humano é uma das diversas ameaças silenciosas que compõem o universo das infecções respiratórias. Ele costuma causar sintomas leves, semelhantes aos de um resfriado comum, mas pode evoluir para condições graves, especialmente em grupos vulneráveis como crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas.
No Brasil, o primeiro registro do HMPV ocorreu em 2004. Desde então, foram contabilizados 1.203 casos de SRAG relacionados ao vírus apenas no estado de São Paulo, resultando em 12 óbitos. Apesar da baixa probabilidade de uma pandemia, especialistas alertam para a importância de medidas preventivas e do fortalecimento da vigilância epidemiológica.
Os últimos três anos não registraram casos de SRAG por HMPV em Santos, o que torna o episódio atual um sinal de alerta. Para autoridades de saúde, a combinação entre deslocamentos internacionais, alta transmissibilidade de vírus respiratórios e a relativa desconhecida do público sobre o HMPV impõe desafios à prevenção.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO: UMA RESPONSABILIDADE COLETIVA
O Ministério da Saúde recomenda uma série de práticas para reduzir a transmissão de vírus respiratórios, incluindo o HMPV. Entre as principais estão:
Lavar as mãos com água e sabão com frequência ou utilizar álcool em gel;
Usar máscaras em ambientes fechados ou locais com aglomeração;
Manter o distanciamento social em relação a pessoas com sintomas gripais;
Praticar etiqueta respiratória, cobrindo a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.
A adoção dessas medidas é essencial não apenas para proteger indivíduos vulneráveis, mas também para evitar a pressão sobre o sistema de saúde, que já enfrenta desafios significativos.
A Secretaria de Saúde de Santos destaca que está atuando de forma articulada com órgãos estaduais e federais para monitorar o caso e prevenir eventuais surtos. Com a chegada de turistas e o fluxo constante de pessoas na região, conhecida por seu potencial turístico, a transparência e a divulgação de informações são cruciais para conscientizar a população.
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