Dupla armada realiza roubo em apenas dez segundos; crime evidencia vulnerabilidade na Zona Noroeste
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| Local do roubo registrado na Zona Noroeste de Santos, onde um caminhoneiro foi assaltado em plena luz do dia. Foto: Reprodução/Redes Sociais. |
Na manhã desta última quarta-feira (15), mais um episódio de violência urbana marcou o cotidiano da região da Zona Noroeste de Santos. Um caminhoneiro de 46 anos foi alvo de uma dupla armada enquanto aguardava para realizar o processo de carga e descarga em uma rede de supermercados atacadista, localizada na Avenida Dr. Haroldo de Camargo, no bairro Areia Branca. A ação criminosa, que durou menos de dez segundos, foi registrada por câmeras de segurança e reforça as preocupações com a insegurança na região.
Por volta das 6h da manhã, enquanto o caminhoneiro aguardava fora da cabine do veículo, dois homens em uma motocicleta abordaram a vítima. As imagens mostram o piloto da moto estacionando estrategicamente mais à frente, enquanto o comparsa, armado, desce rapidamente e avança sobre a cabine do caminhão. Sem qualquer resistência, o motorista é coagido a entregar dois aparelhos celulares, além de documentos pessoais e do veículo. Após o roubo, o criminoso retorna à garupa e a dupla foge em direção à divisa entre Santos e São Vicente.
O caso foi registrado como roubo na Delegacia Eletrônica e encaminhado ao 5º Departamento de Polícia de Santos. Contudo, até o momento, não há informação sobre a prisão dos suspeitos ou a recuperação dos bens roubados. O episódio, que à primeira vista parece ser mais um entre tantos, revela um esquema criminoso eficiente e que explora vulnerabilidades evidentes de trabalhadores que atuam em locais e horários de alto risco.
A região da Zona Noroeste, que concentra um movimento intenso de caminhões devido à presença de grandes comércios e centros de distribuição, tem se tornado um palco frequente de crimes desse tipo. Trabalhadores do setor de transporte apontam a falta de policiamento ostensivo como um fator agravante. "Estamos expostos a todo tipo de perigo, principalmente durante a madrugada e no início da manhã. Não há patrulhamento suficiente e, quando ocorre algo, dificilmente há uma resposta imediata", afirmou um caminhoneiro que preferiu não se identificar.
Especialistas em segurança pública ressaltam a necessidade de medidas preventivas, como a instalação de sistemas de monitoramento mais abrangentes e a criação de bases comunitárias da polícia em áreas de maior vulnerabilidade. Também é essencial a articulação entre empresas, sindicatos e órgãos públicos para garantir condições de trabalho mais seguras para os profissionais do transporte.
Enquanto isso, os trabalhadores continuam a conviver com o risco iminente. O caso desta quarta-feira é mais um alerta para a urgência de soluções concretas que devolvam a tranquilidade à região e a dignidade àqueles que movem a economia local.
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