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Risco à saúde pública: Operação em Praia Grande recolhe alimentos sem procedência

Produtos em situação irregular incluem queijos, salames e pães de alho; Vigilância Sanitária alerta sobre perigos de consumo

Alimentos irregulares, como queijos e salames, apreendidos durante a Operação Verão em Praia Grande. Foto: Prefeitura de Praia Grande.

Em uma ação que expõe a fragilidade no controle de alimentos comercializados de forma irregular, a Prefeitura de Praia Grande, por meio da Secretaria de Urbanismo (Seurb), realizou a apreensão de uma quantidade específica de produtos fornecidos durante a Operação Verão de Fiscalização. Entre os itens recolhidos estavam 233 queijos, 134 salames, 10 mortadelas inteiras, 2 cortadas ao meio, além de 100 pacotes de queijo coalho e 5 de pão de alho. Alguns desses produtos não apresentavam rótulos, procedência ou dados de validade.

A fiscalização teve como alvo ambulantes sem licença para trabalhar na cidade, muitos dos quais não seguiram as condições adequadas de armazenamento térmico adequadas para a segurança alimentar. De acordo com a Vigilância Sanitária, a venda de alimentos sem procedência é proibida, pois representa sérios riscos à saúde pública, incluindo intoxicações alimentares graves e a propagação de doenças transmitidas por alimentos contaminados.

Os ambulantes flagrados em situação irregular operavam sem qualquer autorização legal, condição necessária para a comercialização de alimentos no município. A legislação local exige que aqueles que manipulam e vendem alimentos possuam um ponto fixo para garantir padrões mínimos de higiene e segurança. Carrinhos de praia autorizados, por exemplo, devem cumprir critérios rigorosos impostos pela Seurb e pela Vigilância Sanitária, incluindo o uso de equipamentos adequados para refrigeração e armazenamento.

Ainda assim, a compreensão evidencia a persistência de práticas irregulares, muitas vezes mascaradas pela alta demanda sazonal durante o verão, quando a presença de turistas na Praia Grande atinge seu pico. Os alimentos recolhidos, por não possuírem condições de consumo seguro, foram inutilizados e descartados, como determina a lei.

A Vigilância Sanitária alerta que produtos sem procedência clara podem estar contaminados por bactérias como Salmonella e Listeria, responsáveis ​​por sérias complicações de saúde, especialmente em crianças, idosos e pessoas imunossuprimidas. O armazenamento inadequado também acelera o processo de transição, transformando queijos e embutidos em potenciais vetores de doenças.

Além disso, a ausência de rótulos impede que o consumidor identifique a origem, os ingredientes e a validade dos produtos, dificultando qualquer possibilidade de rastreamento em casos de surtos de intoxicação. A fiscalização não é apenas uma questão de conformidade legal, mas um esforço para proteger a saúde dos moradores e visitantes.

Ainda que os alimentos irregulares tenham sido descartados, a questão levanta um debate mais amplo sobre a necessidade de maior conscientização, tanto por parte dos comerciantes quanto dos consumidores. 



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