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Crise no transporte coletivo: Guarujá vive colapso com paralisação de linhas de ônibus

Concessionária acusa Prefeitura de calote milionário; frota completa pode ser suspensa

Frota municipal de ônibus de Guarujá enfrenta paralisação parcial devido a dívida milionária da Prefeitura com a concessionária. Foto: Reprodução/Internet.

O transporte público de Guarujá está à beira de um colapso. Nesta quinta-feira (16), três linhas municipais e o serviço de vans para pessoas com necessidades especiais foram abruptamente paralisados pela City Transporte Urbano Intermodal Ltda, concessionária responsável pela operação. O motivo? Uma dívida que ultrapassa os R$ 50 milhões, acumulada pela Prefeitura Municipal.

As linhas afetadas são a 61 (Terminal Ferry Boat/Guaiuba, circular via Centro), 28 (Terminal Rodoviário/BNH) e 93 (Unaerp/Terminal Ferry Boat). Segundo a empresa, os subsídios destinados à gratuidade de passagens, como para idosos e estudantes, não são pagos desde abril do ano passado. Caso a situação permaneça inalterada, toda a frota municipal de quase 150 ônibus será paralisada na próxima segunda-feira (20).

A City Transporte informa que os estoques de diesel estão no limite, garantindo operação apenas até o dia 20. Sem o pagamento da dívida ou uma solução concreta por parte da Administração Municipal, a paralisação total será inevitável. A empresa também afirma que diversas tentativas de contato com a Prefeitura foram ignoradas. Ofícios e solicitações de reuniões para negociar a dívida permanecem sem resposta.

A Prefeitura, por sua vez, emitiu uma nota alegando desconhecimento da paralisação, mas não apresentou nenhuma alternativa para evitar que a situação se agrave.

A crise financeira da concessionária vai além das dificuldades operacionais. Pendências financeiras incluem contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aluguéis, parcelamento de ônibus e pagamentos a fornecedores. Pequenas empresas locais, que fornecem materiais e serviços para a City, também enfrentam dificuldades para manter suas atividades e pagar seus próprios funcionários.

Embora um pagamento emergencial de R$ 2,5 milhões tenha sido realizado pela Prefeitura no início do mês para cobrir a folha salarial da concessionária, a medida foi considerada insuficiente diante da magnitude da dívida.

A dívida atual não é apenas reflexo da gestão corrente. Segundo a City, a Administração Municipal anterior firmou um acordo para quitar R$ 15 milhões até 27 de dezembro do ano passado, mas a promessa não foi cumprida. Este histórico de inadimplência agrava a desconfiança entre as partes e dificulta qualquer solução negociada.

Com a paralisação parcial em curso e a iminência de uma paralisação total, milhares de munícipes já enfrentam dificuldades para se deslocar. Trabalhadores, estudantes e pessoas em busca de atendimento de saúde são diretamente afetados, além de setores essenciais da economia local, que dependem do transporte coletivo.

O cenário de caos iminente exige uma resposta rápida e eficiente das autoridades municipais, sob risco de ampliar ainda mais o impacto social e econômico dessa crise.



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