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Vodca no prontuário: Médico é acusado de beber durante plantão no pronto-socorro Central de Praia Grande

Profissional foi flagrado ingerindo vodca durante o atendimento no PS Central de Praia Grande; usuários invadiram consultório e encontraram bebida sobre a mesa

Médico foi acusado de estar sob efeito de álcool durante o atendimento; cena provocou indignação entre pacientes e lideranças locais. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

O que deveria ser um ambiente de socorro e seriedade virou, na última sexta-feira (27), palco de uma cena que mistura descaso, álcool e uma tragédia anunciada. Um médico do Pronto-Socorro Central de Praia Grande foi acusado de ingerir vodca durante o atendimento a pacientes na unidade. O caso, no mínimo surreal, mobilizou usuários revoltados, vereadores, sindicalistas e a própria Polícia Militar, que foi acionada para conter os ânimos e registrar a ocorrência.

De acordo com relatos de um paciente que testemunhou o episódio, o médico foi visto pedindo duas doses da bebida em um comércio próximo à unidade de saúde, no bairro Guilhermina. Segundo ele, o profissional “entrou, colocou o copo no balcão, pediu duas doses, pagou e foi embora”. A surpresa veio instantes depois, quando o mesmo homem se deparou com o suposto consumidor de vodca no consultório médico do pronto-socorro, vestido para o plantão.

A situação provocou revolta imediata entre os pacientes, alguns dos quais invadiram o consultório do profissional, onde — para espanto geral — encontraram um recipiente com bebida alcoólica sobre a mesa de atendimento. A suspeita de que o álcool compartilhava o espaço com receituários, estetoscópios e prontuários médicos só confirmou os temores de negligência em um serviço essencial.

A gestora da unidade, a já controversa Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), em nota apressada, afirmou ter "imediatamente retirado o médico da escala e substituído por outro". Tentando conter o estrago, a entidade frisou que o profissional "não realizou atendimentos após a observação da conduta", embora testemunhos o contradigam.

O município, por sua vez, reforçou que o médico era terceirizado — uma tentativa, ao que parece, de se eximir de responsabilidade direta. Ainda segundo a Prefeitura de Praia Grande, “o atendimento à população não foi afetado”, e o caso está sob apuração administrativa. Declaração que soa como paliativo a quem viu a cena de um pronto-socorro ser transformado em bar clandestino.

A ocorrência foi registrada como "fato não criminal" pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), embora o impacto moral e institucional do episódio seja gritante. O caso foi encaminhado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) para possíveis sanções ético profissionais.

A situação atraiu a presença de lideranças locais, como os vereadores Márcio Castilho (União Brasil) e Anderson Martins (Podemos), além do presidente do sindicato dos servidores públicos, Adriano Roberto Lopes (Pixoxó), que acompanharam os usuários na denúncia e prometeram fiscalizar os desdobramentos do caso.

Este episódio não é isolado. Este Blog já havia denunciado diversas falhas operacionais da organização social, que administra unidades de saúde em várias cidades do estado. A presença de um médico supostamente alcoolizado apenas adiciona uma nova e preocupante camada à já espessa nuvem de suspeitas sobre a qualidade dos serviços prestados.

Enquanto isso, moradores da região continuam a depender de um sistema de saúde que, ao que tudo indica, precisa mais de desintoxicação administrativa do que de simples trocas de plantonistas.


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