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Perseguido pelo destino: Foragido por homicídio é capturado dirigindo carro roubado na Baixada Santista

A saga de um homem que fugiu da Justiça por quase uma década terminou de forma inglória — e com os faróis apagados

Viatura policial que realizou a abordagem, ao lado do veículo recuperado, destacando a eficiência do policiamento rodoviário. Foto: Polícia Militar Rodiviária.

Na última terça-feira (14), um homem, procurado pela Justiça há nove anos pelo crime de homicídio qualificado, foi capturado em circunstâncias tão banais quanto reveladoras, enquanto trafegava pela Rodovia Doutor Manuel Hipólito Rego, expondo os descompassos de uma vida criminosa e os acasos do destino.

O indivíduo, cuja identidade não foi divulgada, foi abordado por policiais do 1º Batalhão de Policiamento Rodoviário ao ser flagrado dirigindo um carro com os faróis apagados. A atitude, embora comum entre motoristas desatentos, chamou a atenção dos agentes, que decidiram realizar a abordagem. Bastou uma consulta à placa do veículo para que a situação se complicasse: o carro constava como furtado.

Questionado sobre a procedência do automóvel, o condutor apresentou uma história digna de um malandro de comédia de costumes. Alegou ter adquirido o veículo de um sobrinho, por R$ 3.000 — com parcelas mensais de R$ 500. Disse também desconhecer o furto registrado. A narrativa, no entanto, não convenceu os policiais, que, após contatarem a vítima, confirmaram a veracidade do crime de furto.

O caso, que já era grave, tomou contornos ainda mais sombrios ao chegar à Delegacia de Praia Grande. Durante a identificação, uma análise das digitais revelou que o homem usava documentos falsificados para ocultar sua verdadeira identidade. A descoberta: ele era um foragido da Justiça, condenado por homicídio qualificado e com um histórico de quase uma década de fuga.

Diante das evidências, a autoridade policial ratificou a prisão em flagrante por três crimes: receptação, uso de documento falso e captura de procurado. Sua companheira, que o acompanhava no momento da abordagem, também prestou depoimento, mas não teve sua participação direta nos crimes comprovada.

O homem foi encaminhado ao sistema prisional, onde agora está à disposição da Justiça. Para a vítima do furto, o desfecho trouxe alívio e a devolução de um bem precioso. Já para o condenado, a captura representa o fim de uma liberdade conquistada às custas de crimes e mentiras.

Este caso, por mais inusitado que pareça, é um lembrete de que a Justiça, ainda que tardia, pode ser implacável. Para o homem que tentou reinventar sua identidade e escapar de seu passado, a ironia do destino veio na forma de uma abordagem rotineira.



Tags: #Crime #PolíciaRodoviária #PraiaGrande #Homicídio #Justiça

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