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Mistério e fogo: Ex-policial militar desaparece após noite conturbada em Santos

Veículo do ex-militar foi encontrado parcialmente incendiado e testemunhas relatam situações enigmáticas envolvendo o caso

Veículo incendiado é encontrado em Santos; ex-policial militar segue desaparecido. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Um enigma policial se desenrola em Santos, após o desaparecimento de um ex-policial militar e a descoberta de seu carro incendiado em um bairro da cidade. O caso, ainda sem respostas, intriga as autoridades e levanta questões sobre a dinâmica dos eventos que antecederam o sumiço do ex-agente de segurança.

Na manhã de domingo (2), um veículo foi encontrado em chamas na Avenida Jovino de Melo, no bairro Bom Retiro. O carro, que pertencia ao ex-policial desaparecido, estava com as portas abertas e continha recipientes suspeitos, possivelmente utilizados no incêndio. Entre os objetos encontrados, um frasco de álcool 70% estava posicionado próximo à roda dianteira esquerda, indicando a hipótese de combustíveis usados para atear fogo ao automóvel.

A Polícia Militar foi acionada e conteve as chamas. O carro foi removido para o pátio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), enquanto peritos recolhiam os materiais para análise. Imagens da cena também foram registradas para auxiliar nas investigações.

Testemunhas informaram que o ex-policial foi visto na madrugada anterior ao incêndio, acompanhado de um funcionário de uma padaria da região. Por volta das 4h30, ambos deixaram um bar localizado na mesma avenida onde o carro foi encontrado. O paradeiro do ex-militar após esse horário é desconhecido.

O funcionário da padaria foi localizado posteriormente pela polícia no bairro Areia Branca. Em depoimento, ele afirmou que estava sob efeito de entorpecentes e relatou um episódio ainda mais alarmante: desceu do carro do ex-policial para comprar drogas e, ao retornar, viu o veículo em chamas, sem sinal do ex-militar. Segundo seu relato, foi abordado por indivíduos que o questionaram sobre sua relação com o policial e, em seguida, foi mantido em cárcere privado por várias horas antes de ser liberado.

Uma outra testemunha, abordada por dois homens, declarou à polícia que foi instigada a incendiar o carro, sob a justificativa de que pertencia a um policial. A mulher recusou a ordem e relatou que os homens deixaram o local proferindo a expressão "vamo zóio" antes de desaparecerem.

As autoridades investigam se o incêndio tem relação direta com o desaparecimento do ex-policial e quais seriam as motivações para um possível crime. A irmã do militar informou à polícia que ele havia buscado o funcionário da padaria em sua residência na noite anterior, acompanhado de um outro policial e uma mulher. O grupo teria passado um tempo em uma adega antes de se separar por volta das 4h da madrugada.

Apesar das pistas, o caso permanece sem solução. O funcionário da padaria foi incluído como testemunha no boletim de ocorrência, mas, devido ao seu estado de intoxicação, não prestou depoimento formal no momento do registro.

A Polícia Civil segue apurando os fatos, aguardando o laudo da perícia sobre as causas do incêndio e os materiais encontrados na cena do crime. O boletim de ocorrência foi registrado como incêndio (art. 250) na Central Policial Judiciária (CPJ) de Santos, mas o desaparecimento do ex-policial e os elementos enigmáticos do caso mantêm a investigação aberta e cercada de incertezas.



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