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Escândalo nas areias de Praia Grande: Praia do Maracanã vira palco de atos sexuais e acúmulo de lixo biológico

Moradores denunciam encontros noturnos frequentes e descarte de preservativos na areia, enquanto apontam falhas na iluminação e eficácia do monitoramento

Vestígios de encontros noturnos na areia da praia do Maracanã, Praia Grande, evidenciam problema de ordem pública e saúde ignorado em cidade monitorada por câmeras. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Em Praia Grande, município que frequentemente destaca seu robusto sistema de videomonitoramento como um pilar da segurança pública, a realidade na orla do bairro Maracanã destoa da imagem propagada pela administração municipal. Relatos de moradores e evidências encontradas na faixa de areia apontam para a transformação do local em um ponto de encontro para atos sexuais, resultando em um problema de saúde pública e transtorno para a comunidade: o acúmulo de preservativos usados descartados irregularmente.

Segundo informações fornecidas por residentes da área, a prática tem se tornado corriqueira, ocorrendo predominantemente sob o manto da noite. A narrativa corrente entre a vizinhança sugere, inclusive, a existência de grupos organizados em aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, com o propósito específico de coordenar esses encontros íntimos em espaço público. Preservativos foram encontrados expostos na areia recentemente, como na manhã de ontem, quarta-feira (16).

Os relatos indicam um padrão: os encontros se intensificam quando a escuridão toma conta da praia, momento em que a iluminação da calçada se mostra insuficiente para alcançar a faixa de areia. "Quando a orla fica completamente escura, as pessoas se encontram lá para esse tipo de prática. Ficam até o amanhecer. Acontece todos os dias, até em dias de chuva", detalha uma fonte local, acrescentando que os frequentadores chegam em veículos particulares, estacionam nas vias adjacentes e dirigem-se à praia.

O cenário torna-se ainda mais delicado ao considerar o entorno. Nas proximidades da área utilizada para os atos sexuais, funcionam equipamentos públicos frequentados por crianças e adolescentes, incluindo uma piscina pública com aulas que se estendem até o período noturno e um playground que, segundo moradores, chega a ser utilizado por menores até a madrugada em determinados dias. "E na orla acontece o 'bacanal' como se nada tivesse acontecido", desabafa um residente, expressando a frustração da comunidade com a situação de flagrante desrespeito em um logradouro público próximo a espaços infantis.

Apesar da recorrência do problema e do visível incômodo gerado, os moradores optaram por não formalizar a queixa através de um boletim de ocorrência policial. Contudo, um dos residentes buscou os canais oficiais da Prefeitura, registrando uma reclamação na Ouvidoria Municipal. A resposta recebida da administração, conforme relatado por ele, foi lacônica e, aparentemente, desconectada da realidade percebida: a informação de que o problema teria sido "resolvido". A persistência dos encontros e do descarte de lixo biológico na areia, porém, contradiz a comunicação oficial.

Um fator crucial apontado pela comunidade como facilitador desta prática indesejada é a precariedade da iluminação pública na faixa de areia. "É a falta de iluminação que torna essa prática ainda mais recorrente", afirma um morador, que também observa a diversidade etária dos envolvidos, abrangendo desde jovens até indivíduos mais velhos.

A situação levanta questionamentos sobre a efetividade do aclamado sistema de monitoramento de Praia Grande, que conta com milhares de câmeras espalhadas pelo município. A persistência de atos de atentado ao pudor e o descarte irregular de material potencialmente contaminante em uma área pública, especialmente uma tão próxima a locais frequentados por crianças, desafia a narrativa de uma cidade sob vigilância constante e eficaz.

A ausência de uma resposta oficial e transparente por parte da Prefeitura de Praia Grande sobre as denúncias e as medidas concretas para solucionar o problema na orla do Maracanã apenas intensifica as críticas e a sensação de descaso percebida pelos moradores. A comunidade aguarda ações efetivas que vão além de respostas protocolares da Ouvidoria, esperando que a segurança e a ordem pública, tão propaladas pela administração, se manifestem de forma tangível na resolução deste incômodo e insalubre cenário.



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