Vigilância atenta e uso de equipamento antidrone por policiais penais impediu que contrabando chegasse a detentos do Centro de Progressão Penitenciária
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Drone apreendido por policiais penais continha celulares, carregadores e uma pequena porção de maconha, destinados ao CPP de Mongaguá. Foto: Polícia Penal/Divulgação. |
Um episódio ocorrido na noite da última segunda-feira (14) nas imediações do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá, acendeu novamente o alerta sobre o uso de tecnologia avançada por criminosos para tentar burlar a segurança de unidades prisionais. Um drone, carregado com aparelhos celulares e uma pequena quantidade de maconha, foi interceptado e abatido por agentes da Polícia Penal paulista antes que pudesse completar sua missão de entregar os itens ilícitos dentro do presídio.
O incidente teve início quando um policial penal, posicionado estrategicamente em uma das torres de vigilância da unidade prisional, localizada no bairro Flórida Mirim, detectou um ruído incomum e característico de um veículo aéreo não tripulado sobrevoando as proximidades. A suspeita foi rapidamente comunicada à equipe de ronda externa, que confirmou a presença do objeto voador na área de segurança.
Diante da clara tentativa de introduzir materiais proibidos no CPP, a equipe de segurança agiu com prontidão. Utilizando uma arma antidrone – um dispositivo tecnológico projetado para interferir e interromper a comunicação entre o drone e seu controlador remoto –, os policiais penais conseguiram neutralizar o equipamento. A interferência no sinal forçou a descida do drone, que foi capturado ainda na linha de segurança do complexo penitenciário, frustrando a entrega do contrabando.
Após a apreensão do aparelho, os agentes realizaram uma inspeção detalhada na carga que ele transportava. Foram encontrados sete telefones celulares, destacando-se que cinco deles eram modelos "mini", conhecidos por seu tamanho reduzido, o que facilita a ocultação e o transporte discreto. Além dos celulares, o pacote continha dois carregadores, dois cabos USB e uma quantidade mínima de substância identificada como maconha, totalizando 0,0024 gramas, conforme o registro oficial da apreensão.
A ocorrência foi devidamente registrada e todo o material apreendido – o drone e os itens ilícitos – foi encaminhado para as autoridades competentes para a realização da perícia e demais procedimentos legais cabíveis. A investigação buscará não apenas determinar a origem do voo e a identidade do operador do drone, mas também identificar os possíveis destinatários do material dentro da unidade prisional.
Este evento em Mongaguá reforça a percepção de que organizações criminosas estão constantemente buscando métodos inovadores para manter a comunicação e o fluxo de itens proibidos para dentro dos presídios. Por outro lado, demonstra também a importância do investimento em tecnologia de contramedidas e da vigilância constante por parte dos agentes de segurança pública para combater essas práticas.
Até o momento da conclusão desta reportagem, não havia informações oficiais divulgadas pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) ou pela Polícia Penal a respeito da identificação ou prisão de suspeitos relacionados à tentativa de entrega via drone. As investigações seguem em andamento.
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