Jovem de 16 anos, de São Vicente, é investigado por integrar grupo extremista que promovia neonazismo e planejava ato terrorista, segundo autoridades federais
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| Agentes da Polícia Federal em ação durante cumprimento de mandado; Operação Rúbido investiga grupo extremista e plano de ataque em São Vicente e outros estados. Foto: Divulgação/SSP-SP. |
Um adolescente de 16 anos, morador da cidade de São Vicente, tornou-se um dos focos da Operação Rúbido, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A ação, que ocorreu em múltiplos estados brasileiros, visa desarticular um grupo suspeito de planejar um ataque terrorista que teria como alvo um show da cantora pop internacional Lady Gaga no Brasil. Além do planejamento do atentado, o grupo é investigado pela promoção de ideologias neonazistas e racistas através da internet.
A investigação, conduzida pela PF, aponta que o adolescente vicentino faria parte de uma célula extremista com ramificações em ao menos quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Durante a operação em São Vicente, agentes federais cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do jovem. No local, foram recolhidos equipamentos eletrônicos, como celulares e computadores, que serão submetidos à perícia técnica. O objetivo é encontrar evidências que comprovem o envolvimento do menor com o grupo e seus planos ilícitos.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, a Operação Rúbido é um desdobramento de um trabalho de inteligência que contou com cooperação internacional, especificamente com o Federal Bureau of Investigation (FBI), a agência federal de investigação dos Estados Unidos. A colaboração entre as agências foi fundamental para identificar os suspeitos e a natureza de suas atividades online, que incluíam a disseminação de conteúdo de ódio e a articulação para possíveis atos violentos.
O plano de ataque, conforme apurado pelas investigações preliminares, estaria sendo arquitetado para ocorrer durante a passagem da turnê "Chromatica Ball", de Lady Gaga, pelo Brasil. Contudo, é importante ressaltar que a artista não incluiu o país em sua agenda de shows para essa turnê específica, o que inviabilizou a concretização do suposto atentado nos moldes originalmente planejados pelo grupo. Ainda assim, as autoridades consideram a intenção e os atos preparatórios crimes graves.
Os investigados, incluindo o adolescente de São Vicente, poderão responder por crimes previstos na Lei Antiterrorismo (Lei nº 13.260/2016), como realizar atos preparatórios de terrorismo e constituir ou integrar organização terrorista. Além disso, podem ser enquadrados por outros delitos, como associação criminosa, incitação ao crime e racismo, a depender do avanço das investigações e das provas coletadas.
A Polícia Federal não forneceu detalhes sobre o número total de alvos da Operação Rúbido ou informações adicionais sobre a identidade dos demais suspeitos, preservando o sigilo necessário para o andamento das apurações. A ação reforça a atenção das forças de segurança brasileiras no combate a grupos extremistas que utilizam o ambiente virtual para propagar discursos de ódio e planejar ações violentas, muitas vezes cooptando jovens e adolescentes para suas fileiras.
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