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“Novato” só no apelido: Adolescente reincidente é flagrado com drogas em Itanhaém

Ação da DISE revela o submundo do tráfico em ponto nevrálgico do crime organizado na Baixada Santista

Equipe da DISE de Itanhaém apresenta o material apreendido com adolescente de 15 anos no Jardim Umuarama, que inclui mais de mil porções de entorpecentes, entre cocaína, maconha e crack. Foto: Divulgação/Polícia Civil/Dise.

Na última terça-feira, o silêncio vespertino do Jardim Umuarama, em Itanhaém, foi rompido pela presença discreta, mas incisiva, de uma equipe da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE). Em uma operação de rotina, os agentes, com a astúcia e o olhar treinado de quem conhece as nuances do crime, patrulhavam o bairro, há tempos um palco de atividades ilícitas e um ponto nevrálgico no intrincado mapa do tráfico de drogas da Baixada Santista. O objetivo era claro: desarticular mais um elo da cadeia que abastece o mercado ilícito e mina a segurança da comunidade.

Foi nesse cenário que um vulto juvenil, saindo de um terreno baldio com uma sacola plástica em mãos, atraiu a atenção dos policiais. A cena, aparentemente banal, carregava consigo os sinais da clandestinidade. Ao se aproximarem, a surpresa deu lugar à confirmação de uma suspeita que pairava no ar: o jovem, de apenas 15 anos, era o mesmo indivíduo que, uma semana antes, já havia sido alvo de uma abordagem policial por envolvimento com a mesma prática criminosa. A reincidência em idade tão tenra reforçava a gravidade da situação e acendia o alerta das autoridades.

Diante da atitude evasiva e do histórico recente do adolescente, a intervenção se tornou imperativa. Os policiais agiram com precisão e rapidez. A sacola que o jovem carregava revelou o peso da ilegalidade: em seu interior, porções de entorpecentes já fracionadas, meticulosamente preparadas para a comercialização, evidenciando o preparo para o fluxo do comércio. O flagrante era inegável.

O interrogatório inicial, conduzido com a seriedade que a situação exigia, trouxe à tona uma confissão que ampliaria o escopo da apreensão. O menor, encurralado pelas evidências, revelou a existência de uma segunda remessa de drogas, camuflada e enterrada em uma área de vegetação próxima. A equipe, munida da informação crucial, iniciou uma varredura minuciosa no local indicado. Em meio à densa folhagem, a terra revolvida entregou o segredo: outra sacola, recheada de um arsenal químico.

O balanço final da operação é um retrato contundente da escala do tráfico. Ao todo, foram contabilizados 456 pinos de cocaína, com um peso total de 376 gramas; 57 invólucros de maconha, pesando 115 gramas; e impressionantes 596 pedras de crack, totalizando 150 gramas. Todo o material apreendido foi prontamente recolhido, e será submetido a uma perícia técnica minuciosa para confirmar a natureza e a pureza das substâncias.

Após o desfecho da operação de campo, o adolescente foi conduzido à delegacia para a formalização do ato infracional. A presença do Conselho Tutelar foi imediatamente solicitada, garantindo que todos os trâmites legais fossem acompanhados e que os direitos do menor fossem preservados, mesmo diante da gravidade dos fatos. Posteriormente, o jovem foi encaminhado à Fundação Casa, onde aguardará as deliberações da Justiça, um desfecho que, tristemente, se repete com frequência entre os jovens cooptados pelo crime nas periferias. A ação da DISE, no entanto, é mais um passo na incessante batalha contra o tráfico de drogas, um mal que persiste em corroer o tecido social.


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