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A casa caiu: O fim da farra elétrica em adega "iluminada" pela fraude

De Praia Grande a São Vicente, o "gato" da CPFL entra na mira da lei, e o dono da adega, agora, tem outro tipo de "conexão" para se preocupar

Operação conjunta da CPFL Piratininga e Polícia Civil desmantela esquema de furto de energia em adega na Baixada Santista, resultando em detenção e cálculos de prejuízo. Foto: CPFL/Divulgação.

No submundo das conexões clandestinas e do consumo elétrico por conta alheia, a cortina de fumaça começou a se dissipar esta semana na Baixada Santista. O que parecia ser a solução engenhosa para driblar as contas de luz, revelou-se um emaranhado de fios e ilegalidades que, finalmente, atraiu a atenção da justiça. Duas adegas, uma em Praia Grande e outra em São Vicente, que até então operavam sob a égide de uma "iluminação" bastante questionável, foram palco de uma operação conjunta da CPFL Piratininga e da Polícia Civil.

O enredo começou a se desenrolar na última segunda-feira, em Praia Grande. Uma adega, cujo nome permanecerá nas sombras da discrição jornalística, foi a primeira a sentir o peso da lei. Equipes da distribuidora, em um balé sincronizado com os policiais, desmantelaram o esquema que garantia à adega uma espécie de "plano de energia ilimitado", porém, totalmente gratuito e ilegal.

Mas o "show" não parou por aí. A terça-feira reservou um capítulo ainda mais saboroso – ou, para os envolvidos, amargo – para a operação. O palco foi uma adega no Conjunto Residencial Tancredo Neves, em São Vicente. Ali, a festa da energia furtada também chegou ao fim. Imagine a cena: clientes talvez degustando uma bebida qualquer, enquanto, nos bastidores, os fios contavam uma história bem menos alegre. A presença da polícia, somada à expertise dos técnicos da CPFL, não deixou margem para dúvidas. A adega, que provavelmente ostentava refrigeradores potentes e luzes piscantes, estava conectada à rede pública de forma bastante peculiar, ou seja, sem pagar um centavo sequer.

A CPFL Piratininga, em um comunicado que evitou o tom de troféu, mas deixou clara a seriedade do trabalho, informou que suas equipes agiram com precisão cirúrgica. Todas as medições irregulares foram devidamente "normalizadas" – um eufemismo para "desconectadas do gato". Agora, a matemática do prejuízo entra em cena. A distribuidora está debruçada sobre os cálculos, apurando o volume de energia que foi sorrateiramente desviado ao longo do tempo. O valor, certamente salgado, será cobrado dos responsáveis por essa "engenharia" elétrica criminosa.

E por falar em responsáveis, o proprietário da adega vicentina teve a honra de uma "condução coercitiva" até a delegacia. Lá, ele teve a oportunidade de tecer seus esclarecimentos – uma narrativa que, para a polícia, provavelmente se assemelha a um thriller de suspense com final previsível. Afinal, furtar energia não é apenas uma "esperteza" na hora de fechar as contas; é um crime com consequências que vão muito além do bolso.

A CPFL faz questão de ressaltar que a fraude energética é uma bomba-relógio para a segurança pública. Além de sobrecarregar as redes elétricas, o que pode resultar em apagões inesperados (para a infelicidade dos clientes que pagam suas contas em dia), as ligações clandestinas são um risco latente de choques elétricos. Imagine um incauto transeunte esbarrando em um fio "energizado" ilegalmente? O humor negro aqui seria o de um paraquedista sem paraquedas.

O Código Penal brasileiro, que não faz piada com essas situações, é claro como a luz do dia (a luz que, ironicamente, alguns querem de graça). Furtar ou fraudar energia elétrica é crime. A pena, que varia de um a quatro anos de detenção, é um lembrete sombrio de que a "economia" do gato pode sair mais cara do que qualquer fatura.

Para as adegas em questão, a iluminação agora é outra. No lugar das luzes do letreiro, as luzes da viatura. E a "conexão" principal agora é com a justiça. No fim das contas, a energia pode até ser desviada, mas a lei, essa sim, tem uma voltagem implacável.


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