Perda de controle em curva resulta em tombamento sobre veículo Celta que estava em faixa de aceleração; equipes de resgate mobilizadas em operação complexa
 |
| Cena do grave acidente na rodovia na manhã deste sábado, onde carreta tombou sobre veículo Celta; equipes de resgate em complexa operação para acessar vítimas presas às ferragens sob contêiner. Foto: CCI/Artesp. |
A manhã deste sábado, que transcorria sob a aparente normalidade do tráfego rodoviário, foi brutalmente interrompida por um sinistro que transformou um trecho da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, no km 286, altura de São Vicente, em cenário de caos e apreensão. Uma carreta, veículo de proporções colossais, tornou-se protagonista de um evento cujas causas ainda permanecem nebulosas, culminando no tombamento sobre um automóvel de passeio e mobilizando um complexo aparato de resgate.
Conforme os primeiros levantamentos realizados pelas autoridades no local do incidente, o condutor da carreta, cuja identidade não foi divulgada, seguia pela rodovia no sentido Oeste, utilizando a faixa de rolamento número 02. Ao alcançar a marca quilométrica 286, um ponto crítico caracterizado por uma curva, a narrativa oficial indica que o motorista, por motivos que a investigação subsequente terá a árdua tarefa de decifrar, perdeu o domínio sobre o pesado veículo.
A trajetória desgovernada levou a carreta a invadir a faixa de número 03. Nesse exato instante, um veículo Chevrolet Celta trafegava pela faixa de aceleração, projetada para permitir o ingresso seguro de automóveis oriundos de um bairro adjacente à rodovia. O destino, no entanto, reservou um desfecho trágico: a carreta tombou lateralmente, e sua estrutura maciça, juntamente com a carga que transportava – um contêiner –, abateu-se impiedosamente sobre o Celta. O pequeno carro foi instantaneamente subjugado pelo peso e volume do gigante de aço, ficando prensado sob o contêiner em uma imagem de destruição impactante.
As consequências para a fluidez do tráfego foram imediatas e severas. Um extenso congestionamento formou-se rapidamente, afetando o trecho compreendido entre o quilômetro 283 e o quilômetro 286. Motoristas que seguiam pela via se viram retidos em longas filas, testemunhas involuntárias da complexa operação que se desenrolava à frente.
A resposta das equipes de emergência e apoio logístico demandou precisão e maquinário pesado. Às 09h03min, uma empilhadeira de grande porte chegou ao local, peça fundamental para a estratégia de remoção do contêiner que aprisionava o veículo Celta. A operação de içamento, iniciada pouco depois, contou com o apoio conjugado de um guincho pesado e da referida empilhadeira. Por volta das 09h30min, após minutos de tensão e trabalho meticuloso, o contêiner foi finalmente erguido, revelando a extensão dos danos no automóvel esmagado.
Com o veículo finalmente acessível, as equipes do Corpo de Bombeiros deram início à fase mais crítica e delicada da operação: a retirada das vítimas presas às ferragens retorcidas do Celta. O trabalho, que exige técnica apurada e extremo cuidado, prosseguia enquanto esta reportagem era redigida, sem informações oficiais sobre o número exato ou o estado de saúde dos ocupantes do carro, mas preliminarmente se fala em três vítimas fatais.
O incidente lança, mais uma vez, um olhar crítico sobre as condições de segurança e a dinâmica do tráfego em rodovias que mesclam veículos de carga de grande porte com automóveis de passeio, especialmente em pontos sensíveis como curvas e acessos. Enquanto a perícia técnica trabalha para elucidar os fatores que levaram à perda de controle da carreta – investigando desde possíveis falhas mecânicas até eventuais erros humanos, a cena no km 286 permanece como um doloroso lembrete da fragilidade da vida diante da força bruta e da imprevisibilidade das estradas
Tags: #AcidenteGrave #TragédiaNaEstrada #Rodovia #Resgate #Bombeiros #TrânsitoCongestionado #SegurançaViária #Carreta #Celta #Notícias
0 Comentários