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Educação em colapso: merenda, material e uniforme faltam nas escolas de Itanhaém enquanto poder público permanece inerte

Ausência de profissionais e denúncias de má gestão; para muitas crianças, a merenda é a principal refeição do dia, e sua falta expõe descaso administrativo

Merendeiras e pais denunciam a falta de alimentação nas escolas municipais de Itanhaém, evidenciando falhas graves na gestão educacional. Foto: Arquivo/Prefeitura de Itanhaém.

A rede municipal de ensino de Itanhaém enfrenta um cenário alarmante que transcende o simples atraso na entrega de materiais escolares ou uniformes. Nesta sexta-feira, (15), pais, professores e funcionários foram surpreendidos por uma notícia que fere diretamente o direito básico de centenas de crianças: a ausência total de merenda escolar.

De acordo com relatos, não se trata de um episódio isolado, mas de um prenúncio preocupante. Há fortes indícios de que a situação se repetirá já na próxima segunda-feira, deixando famílias em estado de alerta e indignação. Para muitas crianças em situação de vulnerabilidade, a merenda não é apenas um complemento — é, muitas vezes, a única refeição nutritiva do dia.

Além do problema alimentar, a rede sofre com falta crônica de profissionais, aulas incompletas, ausência de uniformes e carência de material escolar. Um conjunto de deficiências que, somadas, compromete seriamente o processo de aprendizado e a permanência do aluno na escola.

Merendeiras afirmam que há rumores de demissões entre colaboradoras, o que pode agravar ainda mais a crise. Sem pessoal suficiente para preparar e distribuir alimentos, mesmo que os estoques sejam reabastecidos, a execução do serviço seguirá comprometida.

A situação levanta um questionamento inevitável: como a administração municipal conduz um setor tão vital sem planejamento adequado e sem critérios técnicos rigorosos para a escolha de gestores? A condução de políticas públicas na área da educação exige preparo, experiência e compromisso real com a população — não espaço para improvisos políticos.

O secretário de Educação, Hugo Di Lallo, ainda não apresentou um plano concreto para resolver a questão. Enquanto isso, pais e responsáveis cobram respostas imediatas e medidas preventivas para evitar que a interrupção da merenda se torne rotina.

Diante da gravidade do cenário, o Ministério Público é chamado a agir com urgência. A omissão diante de um quadro que afeta diretamente o direito à educação e à alimentação de crianças e adolescentes não pode ser tolerada.

Quando o poder público falha em garantir o mínimo, a conta recai sobre os mais frágeis. E, nesta equação, são os alunos que pagam o preço mais alto — um preço que não deveria sequer existir.


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