Tribunal de Justiça rejeita recurso de defesa de Rodrigo Algacir Rodrigues, acusado de matar homem no Guarujá
![]() |
A sombra da justiça: Rodrigo Algacir Rodrigues, corretor de imóveis acusado de homicídio, enfrentará juri popular após decisão do Tribunal de Justiça. |
A 5ª Turma de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) decidiu que a corretora de imóveis Rodrigo Algacir Rodrigues irá ao júri popular, rejeitando o recurso apresentado pela sua defesa. Rodrigo é acusado de matar Alvimar Alves de Oliveira com três tiros na barriga, no bairro Jardim Virgínia, no Guarujá, no litoral de São Paulo, em 1º de janeiro de 2018.
O crime ocorreu no cruzamento da Avenida Miguel Estefano com a Rua São Paulo, quando Rodrigo, a bordo de um carro, se deparou com uma multidão que bloqueava a passagem. A vítima, Alvimar, não estava acompanhada localmente de amigos. O teria que efetuar os disparos após o veículo conseguir abrir o caminho e retornar ao corretor local.
O boletim de ocorrência registra que policiais militares foram acionados às 6h e compareceram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Enseada, onde uma vítima foi atendida. Alvimar foi transferido para o Hospital Santo Amaro, mas não resistiu e faleceu por volta das 9h30 na unidade de saúde.
A defesa de Rodrigo interpôs recurso contra a decisão do juiz de que o caso deveria ir ao júri popular, mas a 5ª Turma do TJSP manteve a decisão original. O relator responsável pela decisão foi Mauricio Henrique Guimarães Pereira Filho.
Durante a investigação, testemunhas contaram que uma multidão se aproximou da rua enquanto Alvimar e seus amigos ouviam música sem cruzamentos. Um carro prata, dirigido por Rodrigo, tentou passar, e a população reagiu lançando pedras e garrafas no veículo. Após conseguir seguir adiante, Rodrigo teria retornado ao local, sacado uma arma de fogo e disparado três vezes no abdômen de Alvimar.
Segundo o registro policial, a vítima teria simulado a morte após os disparos. Quando Rodrigo tentou deixar o local, Alvimar teria se levantado, resultando em uma luta corporal. A vítima conseguiu desarmar o agressor, mas Rodrigo conseguiu fugir. Alvimar foi socorrido por um amigo, porém, faleceu no Hospital Santo Amaro no mesmo dia.
O Ministério Público ofereceu denúncia contra Rodrigo por "motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima". Rodrigo alega defesa legítima, afirmando que, após ser agredido e ter seu celular roubado, retornou ao local com o amigo Gerard para recuperar o aparelho. Ele relata que, ao ser abordado por Alvimar, atirou em legítima defesa, pois a vítima teria sido desconsiderada contra o veículo quando tentavam se afastar.
A data do julgamento ainda não foi agendada, e Rodrigo afirmou ter entrado com um recurso no Superior Tribunal de Justiça. Ele e sua defesa declararam não ter interesse em fazer mais comentários sobre o caso.
0 Comentários