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Negligência médica: cirurgia errada deixa paciente traumatizado

 Homem tem vesícula retirada por engano durante procedimento para hemorroidas e hospital enfrenta críticas por falha grave

Santa Casa de Birigui, local onde José Aparecido Faria teve sua vesícula retirada por engano durante uma cirurgia para hemorroidas.

No último dia 11, José Aparecido Faria, de 72 anos, enfrentou um verdadeiro pesadelo na Santa Casa de Birigui, interior de São Paulo. O que deveria ser uma cirurgia rotineira para tratamento de hemorroidas transformou-se em um drama pessoal e um exemplo vívido de negligência médica. José Aparecido, ao invés de ter suas hemorroidas tratadas, teve sua vesícula retirada por erro médico.

O episódio, que causou profundo abalo emocional ao paciente e sua família, revela falhas alarmantes no sistema hospitalar. Segundo relatos de sua esposa, Maria Lima da Silva Faria, o trauma de José Aparecido é evidente desde o momento em que acordou da cirurgia. Ao invés de uma pequena intervenção para corrigir um problema recorrente, ele se viu com um corte de 15 centímetros na barriga e sem entender o que havia ocorrido. A dor física é apenas um aspecto do sofrimento vivido por ele e sua família, que agora enfrentam uma batalha pela recuperação física e emocional.

Maria Lima descreve o descaso com o qual foram tratados após o erro: desde a falta de informações claras até a ausência da médica responsável pela cirurgia. A negligência não se restringe ao erro médico em si, mas se estende à falta de transparência e de apoio adequado durante o pós-operatório. A situação se torna ainda mais estarrecedora ao saber que a cirurgia correta só foi oferecida a José Aparecido no dia seguinte ao equívoco, quando já estava traumatizado demais para considerar outra intervenção.

A reação da Santa Casa de Birigui, embora tardia, não é menos alarmante. Em nota oficial, o hospital anunciou uma sindicância para apurar os fatos, mas é evidente que medidas administrativas e legais são necessárias para assegurar que casos como este não se repitam. O acompanhamento do caso por meio de uma audiência, agendada para esta semana, é um passo inicial, porém, não suficiente para reparar o dano causado à confiança e à saúde de José Aparecido e sua família.

Este incidente não é apenas um erro médico, mas um reflexo de um sistema que falha em proteger seus pacientes. A espera prolongada, a comunicação falha e a falha na identificação pré-cirúrgica são apenas sintomas visíveis de problemas mais profundos. A pergunta que fica é: quantos outros pacientes precisarão enfrentar tragédias pessoais antes que medidas eficazes sejam implementadas?

Enquanto aguardamos respostas, a história de José Aparecido Faria permanece como um lembrete contundente dos riscos que todos corremos ao buscar cuidados médicos. A esperança é que sua experiência dolorosa resulte em mudanças reais e em um sistema de saúde mais seguro para todos.



Tags: #SantaCasaDeBirigui #ErroMédico #NegligênciaHospitalar

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