Marcelo Ramos, Vereador pelo PL e pré-candidato a vice-prefeito de Mongaguá, é sentenciado a regime aberto após condenação por crimes contra ex-cônjuge
Marcelo Ramos, vereador e pré-candidato a vice-prefeito de Mongaguá, envolvido em polêmica condenação por lesão corporal e ameaça à ex-mulher. |
No cenário político de Mongaguá, a cidade litorânea que tanto encanta turistas e moradores com sua beleza singular, surge um capítulo sombrio com a condenação do vereador Marcelo Ramos (PL), também postulante ao cargo de vice-prefeito na chapa encabeçada por Paulo Wiazowski Filho (PP). A decisão judiciária que pesa sobre Ramos traz à tona a grave acusação de lesão corporal e ameaça contra sua ex-mulher, traçando nuvens carregadas sobre sua atuação política e a expectativa eleitoral.
No desenrolar do processo, conduzido pela 1ª Vara do Foro da Cidade, Marcelo Ramos recebeu a pena de um ano e meio de reclusão e quatro meses de detenção, ambas em regime de cumprimento aberto. O véu do sigilo judicial paira sobre as especificidades do caso, mas a confirmação da condenação, ocorrida no início de junho, foi admitida pela própria defesa e assessoria do parlamentar.
Diante da sentença desfavorável, a estratégia legal de Marcelo Ramos se materializa na interposição de recurso, um gesto interpretado por seu advogado, Eugênio Malavasi, como um movimento legítimo para reverter o veredicto. Malavasi pontua o desagrado com o suposto vazamento de informações sigilosas e reitera a confiança na inocência de seu cliente, vislumbrando um desfecho de absolvição ao final do embate judicial.
Enquanto a defesa de Ramos tece sua narrativa de redenção, o entorno político reage de maneira diversa. A assessoria de Paulo Wiazowski, líder da chapa em que Marcelo Ramos pretendia ocupar o posto de vice, mantém-se firme na posição de manter o vereador como o nome almejado para a corrida eleitoral, invocando a convicção na inculpabilidade do político.
Destaca-se ainda que, ironicamente, Marcelo Ramos é autor de um projeto de lei, forjado em 2022, que visa proibir a admissão de condenados por violência contra mulheres, crianças, adolescentes e idosos em cargos administrativos municipais. A dicotomia entre a proposta legislativa e a dura realidade da condenação penal inflige um paradoxo ético que reverbera na esfera pública e afeta a percepção da classe política local.
Diante de um cenário intrincado, marcado por nuances inexpugnáveis e contradições latentes, a candidatura de Marcelo Ramos à vice-prefeitura de Mongaguá assume contornos nebulosos, suscitando debates acalorados acerca da intersecção entre a vida privada e o exercício do poder público.
A sociedade mongaguaense e a opinião pública observam atentas o desenrolar dos fatos, aguardando desfechos que desvelem as incertezas que rondam o processo judiciário em curso e a iminência das eleições municipais.
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