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Prefeito de Cubatão rejeita projeto de pátio de caminhões em área protegida e aciona Ministério Público

 Ademário Oliveira (PSDB) posiciona-se contra instalação do pátio ao lado do Viaduto Mario Covas, alegando repercussões ambientais e urbanísticas

A disputa pelo futuro de Cubatão ganha novos contornos com a recusa do prefeito Ademário Oliveira à instalação de pátio de caminhões em área protegida.

Na tarde desta quarta-feira (24), o prefeito de Cubatão, Ademário Oliveira (PSDB), protagonizou um marcante embate ao anunciar, de forma enfática, que não concederá alvará de funcionamento para o pátio de caminhões projetado pela Autoridade Portuária de Santos (APS) em uma área dentro da Ilha do Tatu, nas imediações do Viaduto Mario Covas. Em um cenário carregado de tensão e expectativas, Oliveira deixou claro seu posicionamento contrário à implantação do empreendimento, classificando-o como uma "verdadeira tragédia para Cubatão".

Em declarações à imprensa local, o prefeito expressou sua intransigência diante do projeto, declarando: "Eu sou totalmente contra a instalação. Não vamos permitir nada goela abaixo". Reforçando seu argumento, Oliveira sustentou que a área em questão está sob a proteção da Unesco, o que reforça a gravidade do suposto desrespeito às normas ambientais e culturais no território em questão.

A postura incisiva de Ademário Oliveira ganhou ainda mais contornos de confronto ao ser corroborada durante uma reunião na sede de Santos do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), convocada pelas promotoras Almachia Zwarg Acerbi, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), e Thaísa Durante Unger Monteiro, de Cubatão.

Neste encontro que se apresentava como um marco na contenda, o prefeito e as representantes do MP-SP afirmaram que os representantes da APS demonstraram receptividade às demandas apresentadas, sinalizando a possibilidade de reavaliação do local proposto para o pátio.

Unidos em defesa dos interesses ambientais, urbanísticos e sociais da região, Oliveira e as promotoras não descartaram a perspectiva de buscar alternativas para a instalação do pátio de caminhões, cuja empreitada já se encontra sob investigação no âmbito de um inquérito civil aberto pelo Ministério Público. O prefeito comprometeu-se a apresentar à Autoridade Portuária de Santos outras áreas aptas à recepção do empreendimento, em consonância com as diretrizes legais vigentes.

Diante da notória relevância do caso, cabe ressaltar que a legislação vigente respalda a possibilidade de atuação conjunta do Ministério Público Federal (MPF) na proteção de interesses difusos e do meio ambiente. A potencial implantação do pátio de caminhões não se restringe a questões meramente burocráticas; ela suscita consequências complexas que reverberarão não apenas no âmbito ambiental, mas também no contexto urbanístico e social de Cubatão e regiões circunvizinhas.

Portanto, atentos à evolução dos desdobramentos desse embate entre interesses públicos e perspectivas privadas, o desfecho dessa controvérsia inexoravelmente influenciará o futuro da paisagem urbana e ambiental da região. Aguardemos, com expectativa, os próximos capítulos dessa narrativa que já figura como ponto de inflexão no desenvolvimento de Cubatão e seus entornos.



Tags: #Cubatão #MeioAmbiente #ConflitoUrbano #Gestãopública #PolíticaMunicipal

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