Estudo sugere que vestígios de álcool em pão de forma podem interferir na precisão do bafômetro, levantando questionamentos sobre a sua confiabilidade
Experimento do Detran revela possíveis implicações do consumo de pão de forma nos testes de bafômetro. |
Na última semana, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) realizou um teste inédito com o intuito de verificar a influência do consumo de pão de forma no resultado do teste de bafômetro. Tal estudo foi motivado pela divulgação de uma pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), a qual levantou a possibilidade de que determinadas marcas desse alimento poderiam conter vestígios de álcool.
O experimento, que ocorreu em Goiás, foi imortalizado por meio de um vídeo publicado nas redes sociais do órgão, no qual uma mulher é vista consumindo duas fatias de pão de forma com requeijão antes de realizar o teste de bafômetro. O aparelho utilizado apontou um índice de 0,12 miligramas por litro de ar expelido (mg/L). É válido ressaltar que os limites estabelecidos para aferição do teor alcoólico no ar expelido oscilam entre 0,05 mg/L e 0,33 mg/L, visando determinar se o condutor está ou não apto para dirigir sem sofrer penalidades.
Posteriormente, o mesmo teste foi repetido em mais duas ocasiões, com um intervalo temporal significativo, sem que fossem observadas quaisquer alterações nos resultados. Isso se explica pela constatação de que a presença de álcool nas variantes de pão de forma é praticamente nula, segundo as informações obtidas.
A divulgação desse experimento despertou dúvidas acerca da confiabilidade do teste de bafômetro em situações similares, suscitando um debate acerca dos métodos utilizados para averiguar a embriaguez ao volante. A discussão em torno desse tema ganha relevância diante da importância de se adotar medidas eficazes para garantir a segurança no trânsito e coibir a prática do consumo de álcool por condutores.
Diante desse cenário, é necessário que a investigação sobre o teor alcoólico em alimentos continue sendo aprimorada, a fim de evitar equívocos e garantir a precisão dos testes de bafômetro, instrumento fundamental no combate à embriaguez ao volante.
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