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UPA de Itanhaém: Pacientes esperam até 10 horas por atendimento em meio a condições precárias

 Falta de higiene, desrespeito e gestão ineficiente colocam vidas em risco na Unidade de Pronto Atendimento

Pacientes enfrentam longas filas e condições precárias na UPA de Itanhaém, evidenciando a urgência de uma intervenção nas práticas de gestão da unidade.

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, que deveria ser um refúgio para quem necessita de assistência médica emergencial, tornou-se sinônimo de desespero e indignação. A situação na unidade alcançou níveis alarmantes, e os relatos de usuários e familiares descrevem um cenário de abandono e desrespeito aos direitos básicos de saúde. 

Pacientes relatam esperas intermináveis, chegando a até 10 horas, para serem atendidos. Essas longas demoras não são apenas uma afronta à dignidade humana, mas também uma violação dos direitos garantidos pela Constituição Federal. O que deveria ser um serviço ágil e eficiente para salvar vidas se transformou em uma prova de resistência física e emocional para os moradores de Itanhaém.

O cenário é ainda mais perturbador quando se considera as condições estruturais da UPA. Banheiros quebrados, falta de materiais básicos de higiene, e profissionais da limpeza trabalhando sem os equipamentos necessários, como luvas, são apenas algumas das denúncias que chegam de dentro da unidade. A falta de condições adequadas para a higienização compromete ainda mais a segurança dos pacientes, que já estão vulneráveis devido às suas condições de saúde.

Outro aspecto preocupante é a aplicação inadequada do Protocolo de Manchester. Este protocolo é fundamental para a triagem de pacientes em unidades de saúde, classificando-os de acordo com a gravidade de seus sintomas e determinando a urgência do atendimento. Na UPA de Itanhaém, no entanto, o protocolo, que deveria ser aplicado de imediato, só é realizado horas após a chegada do paciente. Essa falha grave coloca vidas em risco e revela uma gestão ineficaz e descompromissada com a saúde pública.

A falta de empatia e o tratamento desrespeitoso por parte dos funcionários também são questões frequentemente levantadas pelos usuários da UPA. O relato de pacientes que se sentem humilhados e maltratados por aqueles que deveriam acolhê-los reforça a sensação de abandono e desespero que permeia o ambiente. É inaceitável que pessoas em momentos de vulnerabilidade sejam submetidas a tamanha negligência e desrespeito.

Diante de um quadro tão grave, é imprescindível que o Ministério Público intervenha com urgência. A situação na UPA de Itanhaém não pode continuar como está. É necessário uma investigação rigorosa sobre a gestão da unidade, incluindo o destino das verbas federais destinadas ao seu funcionamento. Transparência e responsabilidade na administração dos recursos públicos são essenciais para garantir que a população tenha acesso ao atendimento médico digno e eficaz, conforme previsto na Constituição.

A população de Itanhaém não pode mais sofrer as consequências de uma gestão pública falha e desumana. O mínimo que se espera é que as autoridades locais e federais tomem as medidas necessárias para corrigir os problemas e garantir que a saúde, um direito fundamental de todos os cidadãos, seja respeitada e protegida.

A UPA de Itanhaém deve deixar de ser um símbolo de caos e desespero e voltar a cumprir seu papel de salvar vidas e oferecer um atendimento digno a quem dele necessita.



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