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A herança da violência: Facção criminosa ordenava ataques a policiais e havia acordo com políticos em Guarujá

 Operação "Hereditas" revela esquema de propinas e milícia em Guarujá, com mortes de policiais e indícios de envolvimento de políticos

A facção criminosa ordenava ataques a policiais militares e havia acordo com políticos em Guarujá, revela a Operação "Hereditas".

Em uma operação que revela a face mais sombria da política e da criminalidade, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) deflagrou na manhã desta terça-feira, conforme já noticiado, a "Operação Hereditas", que investiga agentes públicos suspeitos de envolvimento em fraudes licitatórias na cidade de Guarujá.

No entanto, a investigação revelou algo mais sinistro: a facção criminosa ordenava ataques a policiais militares e havia acordo com políticos.

A investigação, que começou em 2022, desvendou o envolvimento de uma organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que ordenava o assassinato de policiais da ativa e da reserva em Guarujá. O bando, liderado por um criminoso conhecido como "Meia Folha", tentava instalar uma milícia na região para oferecer "segurança" aos comerciantes mediante pagamentos mensais.

Para isso, os criminosos forçavam os empresários a desistirem de contratar seguranças particulares, na maioria das vezes policiais aposentados, e a contratarem a organização criminosa. A polícia identificou que o líder da quadrilha comandava o tráfico de drogas e de armas em uma comunidade na região de Vicente de Carvalho e que ele foi ao Rio de Janeiro para obter informações para implementar a milícia em bairros de Guarujá.

A investigação também revelou que a facção criminosa estava envolvida em pelo menos quatro mortes de policiais em Guarujá no ano passado, todos com indícios da atuação da milícia nos crimes. Além disso, há suspeitas de que houve um "acordo" entre políticos e a liderança criminosa para conter a violência na região na época.

O avanço das investigações mostrou que o criminoso, proprietário de uma empresa de limpeza, venceu uma licitação com indícios de fraude da prefeitura de Guarujá para prestação de serviços em órgãos públicos. Em dois anos, o contrato gerou R$ 26,9 milhões à organização criminosa.

A morte do líder da milícia, ocorrida em março deste ano, parece ter sido um golpe para a facção criminosa, mas a investigação continua em andamento. A SSP promete continuar a investigar e a prender os responsáveis por esses crimes.



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