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Morte na Piaçaguera-Guarujá: Curva fatal escancara fragilidades na segurança viária

Motorista perde o controle do veículo, colide frontalmente com outro carro e acidente termina em morte; rodovia vira palco de mais uma cena de horror

Equipes de resgate trabalharam ardualmente na remoção da vítima e veículos após grave acidente na Rodovia Piaçaguera-Guarujá. Foto: CCI/Artesp.

Na tarde da última sexta-feira (27), o trecho do km 237+900 da Rodovia Piaçaguera-Guarujá foi cenário de mais um capítulo trágico que reforça a preocupante recorrência de acidentes fatais nas curvas traiçoeiras dessa importante via de ligação. O que começou como uma simples viagem de rotina terminou em um espetáculo de sirenes, metal retorcido e vidas interrompidas.

De acordo com informações da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), um automóvel Chevrolet Corsa trafegava no sentido leste quando, ao tentar contornar uma curva, o motorista perdeu o controle da direção. O veículo invadiu a pista contrária, onde colidiu frontalmente com um Seres SF5 que seguia no sentido oposto. O impacto foi devastador: o Corsa ficou imobilizado na faixa 2, enquanto o Seres foi lançado para o canteiro lateral.

A cena que se seguiu foi de caos e desespero. O condutor do Corsa ficou preso às ferragens, exigindo uma operação minuciosa do Corpo de Bombeiros para sua retirada. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também foi acionado, enviando unidades especializadas para prestar socorro. Apesar dos esforços hercúleos das equipes de resgate, o destino já parecia selado. A vítima foi retirada das ferragens e levada às pressas ao hospital pela Unidade de Suporte Avançado (USA). Contudo, às 19h40, foi confirmado o óbito.

Enquanto a vida de mais uma pessoa se esvaía, na rodovia, guinchos da concessionária trabalhavam para remover os destroços dos veículos, liberando as faixas interditadas e permitindo que o tráfego voltasse à normalidade. Uma normalidade fria e insensível, como se o asfalto ainda não carregasse os vestígios do sangue derramado.

O acidente de sexta-feira é mais um entre tantos registrados nesse trecho da Piaçaguera-Guarujá, conhecido por curvas fechadas e sinalização questionável. Apesar dos alertas constantes e das campanhas educativas, as estatísticas de mortes continuam a subir como uma maré implacável.

O enredo, infelizmente, é repetitivo: excesso de velocidade, imprudência e infraestrutura que, muitas vezes, deixa a desejar. A combinação desses fatores tem transformado a rodovia em uma roleta-russa, onde cada curva pode ser a última.

Especialistas em trânsito defendem que, além de fiscalizações mais rígidas, são necessárias intervenções estruturais para aumentar a segurança nesse trecho. Entretanto, as respostas costumam ser lentas e burocráticas, enquanto o relógio da fatalidade segue seu tic-tac implacável.

Enquanto autoridades trocam relatórios e discutem orçamentos, famílias são destruídas por tragédias que, em muitos casos, poderiam ser evitadas. A cada acidente fatal, uma pergunta fica ecoando entre as vítimas e os que assistem de perto ao sofrimento: quantas vidas mais precisam ser perdidas para que algo realmente mude?

O asfalto da Piaçaguera-Guarujá segue quente, não apenas pelo calor do sol, mas pelo fogo da indignação de quem vê, repetidamente, a história se repetir.



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