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A imprudência que afoga: Homem desaparece no mar de Praia Grande após aventura noturna com colchão inflável

Noite de diversão termina em desespero na Praia da Guilhermina; buscas seguem intensas, mas esperança diminui com o passar das horas

Equipes do GBMar seguem com as buscas pelo homem desaparecido na Praia da Guilhermina, em Praia Grande. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Uma noite que deveria ser marcada por descontração e risadas transformou-se em um cenário de angústia e desespero na Praia da Guilhermina, em Praia Grande. Diego Alves de Deus, morador da capital São Paulo, desapareceu nas águas agitadas do mar após uma aventura imprudente com um colchão inflável na noite desta última terça-feira (7). O episódio trágico, que envolveu também Valdecir Dias da Silva e Ricardo de Sousa de Sena, escancara os riscos de subestimar a força do oceano.

Por volta das 20h, os três amigos decidiram entrar no mar utilizando um colchão inflável como boia improvisada. Em meio à escuridão e às correntes marítimas traiçoeiras, a diversão rapidamente deu lugar ao pânico. Enquanto Valdecir e Ricardo conseguiram retornar à praia por conta própria, Diego não teve a mesma sorte. Em um momento de descuido ou talvez arrastado pela força das ondas, ele submergiu e não foi mais visto.

Acionados imediatamente, os bombeiros do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) iniciaram as buscas com a técnica conhecida como mergulho 3 tempos, uma abordagem sistemática que visa cobrir áreas submersas de forma coordenada. Por cerca de uma hora, os guarda-vidas lutaram contra o tempo e as condições adversas do mar noturno, mas a falta de visibilidade e a força das correntes obrigaram a suspensão das operações.

Na manhã desta quarta-feira (8), com o dia clareando, as buscas foram retomadas. Equipes de salvamento seguem vasculhando a região na esperança de encontrar Diego, vivo ou não. Familiares e amigos aguardam, aflitos, na areia, enquanto o relógio parece tornar o desfecho cada vez mais sombrio.

Especialistas em salvamento alertam há anos sobre os perigos de entrar no mar à noite, especialmente com equipamentos improvisados. O colchão inflável, feito para piscinas ou águas calmas, não possui estabilidade para enfrentar ondas e correntes marítimas. Além disso, as praias da Baixada Santista frequentemente registram correntes de retorno intensas, conhecidas por arrastar banhistas para longe da costa.

Segundo dados do Corpo de Bombeiros, grande parte dos afogamentos registrados na região ocorre devido à imprudência e ao desconhecimento das condições do mar. Entrar na água após o pôr do sol é sempre um risco adicional, já que a visibilidade é quase nula e o socorro se torna significativamente mais difícil.

Enquanto as buscas continuam, o clima entre amigos e familiares de Diego é de angústia. A mãe do desaparecido, visivelmente abalada, acompanhava as operações de resgate à distância. "Ele só queria se divertir, não imaginava que algo assim pudesse acontecer", lamentou.

Valdecir e Ricardo, ainda em choque, não quiseram dar declarações, mas fontes próximas revelaram que ambos estão profundamente abalados pelo ocorrido. A sensação de impotência ao ver o amigo desaparecer sob as ondas os acompanhará por muito tempo.

A tragédia traz à tona uma dura reflexão sobre a responsabilidade individual e coletiva em ambientes de risco. O mar, embora belo e convidativo, é também implacável para aqueles que o subestimam. A combinação de imprudência, equipamentos inadequados e condições adversas resultou em mais uma vida perdida — ou, no melhor dos cenários, ainda desaparecida.

As buscas por Diego Alves de Deus seguem, mas o desfecho ainda é incerto. Enquanto isso, a Praia Grande se torna mais um cenário de uma história que, infelizmente, poderia ter sido evitada.



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