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Aumento no transporte público de Itanhaém: 12% a mais por um serviço que mal sai do lugar

Prefeitura justifica reajuste tarifário como necessário para manter equilíbrio econômico, mas usuários questionam qualidade do serviço oferecido

Passageiros enfrentam reajuste de tarifa sem sinais claros de melhoria no transporte público em Itanhaém. Foto: Prefeitura de Itanhaém.

O ano começou com uma notícia nada agradável para os moradores de Itanhaém, no litoral de São Paulo. Desde o dia 1º de janeiro, os usuários do transporte público municipal estão pagando mais caro para se deslocar pela cidade. A tarifa no cartão transporte passou a custar R$ 4,00, enquanto aqueles que optarem pelo pagamento em dinheiro terão que desembolsar R$ 4,20. O reajuste representa um aumento de 7% e 12%, respectivamente.

A administração municipal justifica que o aumento é necessário para garantir o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão com a empresa responsável pelo transporte, a Soul. Segundo a prefeitura, desde dezembro de 2020, quando ocorreu o último reajuste, os custos operacionais cresceram significativamente, impulsionados pela inflação.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, a inflação acumulada entre dezembro de 2020 e novembro de 2024 foi de 28,75%. Diante desse cenário, a prefeitura defende que o reajuste é não apenas inevitável, mas também socialmente justo.

Contudo, para os usuários do serviço, a matemática não fecha. O aumento pode até parecer fundamentado nos números apresentados, mas a percepção geral é de que o reajuste não reflete melhorias concretas na qualidade do transporte coletivo. Pontualidade duvidosa e um serviço frequentemente alvo de reclamações compõem o cenário enfrentado diariamente por quem depende do sistema para trabalhar, estudar ou realizar tarefas cotidianas.

Para muitos, o aumento soa quase como uma cobrança por um serviço que já não atende às expectativas mínimas.

Enquanto a prefeitura defende a necessidade do reajuste com base nos índices inflacionários, os usuários continuam enfrentando ônibus lotados, atrasos frequentes e um sistema que parece cada vez mais distante do conceito de mobilidade urbana eficiente.

O transporte público de Itanhaém, agora mais caro, permanece como um reflexo fiel de um dilema comum em diversas cidades brasileiras: tarifas que sobem, qualidade que não acompanha.



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