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Carga explosiva: Receita Federal do Brasil intercepta 815 Kg de cocaína no Porto de Santos

Droga estava oculta em carga de café com destino à Bélgica; organização criminosa segue sem responsáveis identificados

Pacotes de cocaína apreendidos no Porto de Santos estavam ocultos em carga de café e levavam marcas simbólicas utilizadas por traficantes. Foto: Divulgação/Receita Federal do Brasil.

O Porto de Santos, principal entreposto comercial da América Latina, tornou-se novamente palco de uma operação de alto impacto contra o tráfico internacional de drogas. A Receita Federal apreendeu, nesta terça-feira (11), impressionantes 815 quilos de cocaína ocultos em uma carga de café que tinha como destino o Porto de Antuérpia, na Bélgica. Apesar da magnitude da apreensão, nenhum suspeito foi detido até o momento.

A operação foi desencadeada com base em análise de risco, aliada às imagens obtidas por escâneres e à atuação de agentes aduaneiros. A carga de café, totalizando 100 toneladas, estava distribuída em cinco contêineres, mas o olhar treinado da equipe identificou inconsistências que levaram à seleção do carregamento para conferência minuciosa. Foi então que um dos cães farejadores, treinados para detectar entorpecentes, indicou a presença de drogas.

Durante a inspeção, agentes localizaram três big bags (sacos de grande porte) nos quais parte do café havia sido substituída por tabletes de cocaína. Os pacotes continham marcas peculiares: alguns traziam o símbolo do Super-Homem, enquanto outros ostentavam a inscrição "Big Bang" — uma aparente alusão à teoria científica sobre a origem do universo. O uso de tais identificações não é incomum no tráfico internacional, servindo tanto para indicar a procedência da droga quanto para sinalizar sua "qualidade" no submundo do crime.

A prática de esconder drogas em cargas lícitas, especialmente commodities como café, carne e frutas, é uma das táticas mais utilizadas por organizações criminosas. O Porto de Santos, por seu volume colossal de operações, acaba sendo um alvo estratégico para o envio de entorpecentes ao exterior. Em 2023, o terminal bateu recordes de apreensão, com toneladas de cocaína interceptadas antes de deixarem o território nacional.

Apesar do sucesso da apreensão, a impunidade segue como uma sombra na investigação. Nenhum suspeito foi preso, e os verdadeiros arquitetos desse esquema criminoso seguem, ao menos por ora, no anonimato. A Polícia Federal foi acionada para realizar a perícia no local e instaurar um inquérito. Contudo, a história recente de apreensões sugere que, muitas vezes, os contêineres são contaminados sem o conhecimento formal das empresas exportadoras, dificultando a rastreabilidade dos verdadeiros autores do crime.

A apreensão reforça a necessidade de intensificação das ações de fiscalização e do fortalecimento das investigações para desmantelar as organizações que operam no narcotráfico internacional. Até que a cadeia criminosa seja interrompida de maneira eficaz, o Porto de Santos continuará sendo um dos principais epicentros dessa guerra silenciosa travada entre autoridades e o crime organizado.



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