Alerta no Paquetá: desabamento revela perigo em construções precárias em Santos
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Equipes de resgate atuaram no local do desmoronamento do cortiço na Avenida São Francisco, em Santos, onde quatro pessoas ficaram feridas: Foto: Reprodução/Google Maps. |
Na manhã deste sábado (22), um desabamento em um cortiço localizado na Avenida São Francisco, em Santos, no litoral paulista, deixou quatro pessoas feridas e expôs mais uma vez a fragilidade estrutural das moradias precárias na região. O incidente mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Defesa Civil, que rapidamente chegaram ao local para prestar socorro e avaliar os danos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada por volta das 7h para atender à ocorrência de desmoronamento. Ao chegarem, os agentes encontraram quatro vítimas conscientes sob os escombros. Três delas foram encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, enquanto a quarta foi levada para a UPA Zona Leste, ambas localizadas em Santos. Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas até o momento.
Apesar de moradores assegurarem que não havia outras pessoas soterradas, os bombeiros seguiram com buscas minuciosas para garantir que ninguém estivesse preso sob os destroços. Apenas após criteriosa varredura, o local foi completamente evacuado e interditado, uma vez que há risco iminente de novos colapsos.
A Prefeitura de Santos divulgou nota oficial informando que a Defesa Civil foi acionada para vistoriar o imóvel e constatou que o desmoronamento foi causado pelo colapso do telhado na parte traseira do cortiço, o que levou ao deslocamento parcial de uma parede. Por conta disso, a edificação permanecerá interditada até a conclusão de uma perícia técnica.
O Samu confirmou o socorro de três vítimas, enquanto uma quarta pessoa foi resgatada diretamente pelos bombeiros. Paralelamente, uma equipe da Proteção Social Básica se deslocou até o Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do Centro, onde se organizou para oferecer suporte social aos atingidos.
A tragédia lança luz sobre a crescente vulnerabilidade de moradores que ocupam cortiços em condições de risco. Segundo relatos, problemas estruturais já haviam sido percebidos anteriormente, incluindo rachaduras e infiltrações que fragilizavam a construção.
“O teto estalava quando chovia forte. A gente tinha medo de que algo acontecesse, mas ninguém sabia que ia ser tão rápido”, afirmou um morador que preferiu não se identificar.
A interdição do imóvel levanta questionamentos sobre o destino das famílias desalojadas. Muitas dependem exclusivamente do aluguel social ou de programas habitacionais da prefeitura para evitar que fiquem sem moradia.
Enquanto isso, a Defesa Civil segue monitorando o local e avalia se outras partes do imóvel também apresentam risco de colapso.
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